O próximo evento será no dia 10 de dezembro, na Biblioteca Municipal - Divulgação
O próximo evento será no dia 10 de dezembro, na Biblioteca MunicipalDivulgação
Por O Dia
Volta Redonda - Dentro da programação da campanha dos 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher, a Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Idosos e Direitos Humanos (SMIDH) e a Câmara Municipal de Volta Redonda realizaram uma audiência pública para debater o tema ‘Relacionamento Abusivo’ com mulheres.
A audiência pública aconteceu na última quarta-feira, dia 04. A secretária da SMIDH, América Tereza, comentou sobre a importância do debate.

“O resultado foi muito positivo em buscar novas ações em defesa dos direitos da mulher, garantir a sua proteção, elevar a autoestima. O depoimento de uma vítima assistida, com nova oportunidade de recomeçar, foi muito importante para todas as mulheres presentes. Estaremos encerrando a campanha dos 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher no dia 10 de dezembro, na Biblioteca Municipal, lembrando o Dia Internacional dos Direitos Humanos. E no dia 12, teremos um Fórum dos Direitos Humanos, das 9h às 16h, na Fundação CSN”, informou a secretária.

A coordenadora do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam), Ludmila Aguiar, atualizou números de violência contra a mulher no município e alertou que 62% dos casos acontecem dentro das residências, por parceiros ou ex-parceiros.
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"Os dados apontam que 855 mulheres tiveram acompanhamento da secretaria, de 2017 até outubro de 2019. Além disso, foram cerca de 2.300 atendimentos, com acolhimento pela assistência social, assessoria jurídica e psicológica prestados às mulheres pelo poder público", ressaltou Ludmila.

Luciana Lima, coordenadora do projeto ‘Eu me amo. Eu me protejo’, da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Smel), desenvolvido em conjunto com a SMIDH, fortaleceu o trabalho desenvolvido pela Prefeitura.
“Nós não estamos ensinando artes marciais, nem ensinando mulheres a combater os homens. Mas, estamos ensinando técnicas para que elas possam fugir do agressor”, esclareceu.

A guarda municipal, Ilça Romaneli, da Patrulha Lei Maria da Penha, também comentou a ação.
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“Nós já conseguimos, com certeza, evitar algumas mortes e interromper este ciclo de violência. Em três anos, conseguimos fazer umas 35 prisões por descumprimento de medida protetiva dada pelo juiz. Descumprir a medida agora é crime!”, disse a agente Romaneli.

A presidente da OAB Mulher, Carolina Patitucci, mencionou o quadro de violência e destacou o evento para reforçar o combate à violência.
“A violência não tem classe social. A Lei Maria da Penha é, segundo a ONU, a terceira melhor lei do mundo de proteção à mulher, mas tem que sair do papel. O debate é essencial para o poder público discutir ações, medidas eficazes para combater a violência. As mulheres estão mais corajosas e têm mais apoio para denunciar esta violência. A Secretaria da Mulher e a Câmara estão de parabéns pela audiência pública”, afirmou.