O nível do Rio Paraíba do Sul alagou trechos de uma das principais vias da cidade, a Avenida Beira Rio - Divulgação
O nível do Rio Paraíba do Sul alagou trechos de uma das principais vias da cidade, a Avenida Beira RioDivulgação
Por O Dia
Volta Redonda - Fortes chuvas castigam o Sul do Estado do Rio desde o fim de novembro do ano passado. A frequência de temporais chama atenção e os períodos sem chuva são poucos.
Este clima tem provocado inúmeros deslizamentos de terra, alagamentos e, principalmente, buracos em vias púbicas. Amenizar esses transtornos, no entanto, tem consumido verdadeiros rios de dinheiro dos cofres públicos municipais e o resultado ainda é imperceptível.
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Em Volta Redonda, por exemplo, é começar a chuva para a cidade se transformar em um caos. Em Janeiro e fevereiro deste ano choveu mais de 228mm e 398mm, respectivamente. Os números são, consideravelmente, os maiores dos últimos anos para ambos os meses.
O impacto das chuvas está estampado nas vias, que viraram um verdadeiro queijo suíço, esburacadas e muitas, intransitáveis. O nível do Rio Paraíba do Sul sobe, alaga e interdita trechos de uma das principais vias da cidade, a Avenida Beira Rio. Isso, sem contar os deslizamentos de terra, queda de árvores e interdição de casas.
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Motorista de táxi há 20 anos, João Barboza confidenciou que este é um dos períodos mais difíceis em sua profissão.
“Nunca vi chover tanto e sem pausa. As ruas estão intransitáveis, vejo muitas equipes da Prefeitura tapando buracos, fazendo limpeza das ruas e tudo mais. Mas, me diz, quem é que dá conta? É como tapar o sol com a peneira. Enquanto não parar de chover, não vamos ver buracos tapados, isso é uma questão de lógica”, contou.
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Volta Redonda deu início a um grande investimento em pavimentação. O prefeito Samuca Silva (PSDB) anunciou mais de R$ 13 milhões na recuperação das vias da cidade, obras de asfalto quente, que vão ocorrer em todas as regiões. A Avenida Jaraguá, no Retiro, está quase finalizada, mas assim como as obras na Avenida Beira Rio, Paulo Erlei e tantas outras estão paradas por conta da chuva.
A equipe de reportagem esteve em muitos canteiros de obras de Volta Redonda e recebeu a seguinte resposta dos engenheiros responsáveis:
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“Aplicar asfalto quente debaixo de chuva é jogar dinheiro fora. Poderíamos até estar colocando a massa asfáltica e tudo mais, mas com a água, esse asfalto iria esfarelar, não ia vingar e teríamos que refazer tudo”.
Secretário de Obras e Infraestrutura de Volta Redonda, Toninho Orestes, explicou que o empenho em amenizar os impactos das chuvas é permanente.
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“Agradeço a compreensão da população. As chuvas estão aumentando os nossos custos de operação e atrapalhando nosso cronograma de obras.
A situação também atinge a poderosa concessionária da Rodovia Presidente Dutra, a CCR Nova Dutra, que também enfrenta problemas com pavimentação, principalmente nos trechos urbanos, como em Volta Redonda.
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“Nem acreditei quando vi que os trechos sob concessão da Nova Dutra estavam cheios de buracos, porque o serviço deles costuma ser bom. Estamos em uma situação muito difícil com buracos na região. Espero que quando as chuvas pararem, os responsáveis possam resolver isso tudo”, lamentou o empresário Ademilson Alvez, morador de Três Poços, em Volta Redonda.