Juliana carvalho em entrevista com representantes do Sindicato dos Funcionários Públicos de VR - Reprodução/ Redes sociais
Juliana carvalho em entrevista com representantes do Sindicato dos Funcionários Públicos de VRReprodução/ Redes sociais
Por O Dia
Volta Redonda - Em uma roda de conversa com o Sindicato do Funcionalismo Público na manhã desta quinta-feira, 05, Juliana Carvalho, candidata à prefeitura de Volta Redonda pelo Psol, tratou de suas propostas para os servidores e debateu sobre vários temas. Entre eles, falou sobre o RPA (Recibo de Pagamento Autônomo), uma prática contratual que segundo a socialista, engessa o serviço público. Juliana garantiu que em seu mandato esse modelo será extinto na cidade.
“Contrato por RPA é a forma mais covarde de precarização do serviço Público. Transforma-se num ciclo vicioso de clientelismo que só atende aos interesses de quem quer o poder pelo poder”, criticou Juliana, fazendo uma ressalva sobre os cargos comissionados, dos quais não pode abrir mão para administrar a prefeitura. “Mas é preciso avaliar cada um dos cargos. Quando forem imprescindíveis, que sejam ocupados por funcionário da prefeitura”, disse.
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Juliana Carvalho também pontuou sobre a importância de se fazer concurso público. Para a candidata do Psol, é através dele que se garante a qualidade do serviço. “Concurso é imprescindível. A valorização passa pela estabilidade. Valorizado, o servidor presta um bom serviço. Sabemos que a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) incentiva a terceirização por engessar os gastos públicos com pessoal. Mas temos a solução e esta passa pela forma com que a prefeitura cobra o IPTU”, falou a professora.
“É a prefeitura, a partir de uma ampla discussão com a Câmara, que determina como, de que forma e de quem vai cobrar o IPTU. Nossa intenção é justamente cobrar mais de quem tem mais dinheiro como, por exemplo, da CSN que concentra 25% das terras de Volta Redonda. Precisamos taxá-las até porque a empresa não oferece nenhum uso social para essas terras. Elas estão improdutivas enquanto a CSN lucra milhões e Volta Redonda não se desenvolve”, continuou Juliana. “Com essa nova forma de taxação e cobrança de IPTU sobrará dinheiro para concurso público”, completou.
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Outro tema levantado pelos sindicalistas foi sobre Organização Social (OS). Eles quiseram saber a opinião da candidata que foi taxativa: não haverá terceirização em seu governo. “Implementar uma OS no governo serve apenas para a transferência de recursos do setor público para o privado sem garantir um serviço de qualidade. Na verdade, acontece o contrário. No fim das contas sai mais caro. Vimos isso com a OS que administrava o São João Batista. Não ofereceu insumos, profissionais nem atendimento humanizado e, para piorar, fez uma ala para tratar da covid junto com outros pacientes de doenças variadas”, disse a candidata.