Por ADRIANA CRUZ

Para soltar o ex-secretário da Casa Civil, Régis Fichtner, acusado de receber propina avaliada em R$ 1,5 milhão até no Palácio Guanabara, o desembargador federal Paulo Espírito Santo desqualificou parte das provas juntadas pelo Ministério Público Federal (MPF) e aceitou argumentos da defesa, que colocam por água abaixo suspeitas apresentadas pela operação C'est Fini (É o fim, em francês), referência à Farra dos Guardanapos, foto em que aparecem ex-secretários e empresários em Paris com guardanapos na cabeça.

O desembargador ressaltou que os benefícios fiscais concedidos à Thyssenkrupp Companhia Siderúrgica do Atlântic,o de R$ 683,8 milhões, e à White Martins Gases, de R$ 583,1 milhões, foram dados no governo de Rosinha Garotinho. Ele sustentou que a defesa afastou suspeitas de que o escritório de Fichtner era usado no esquema de corrupção e chamou de desorganizada a contabilidade de Luiz Carlos Bezerra, operador financeiro do ex-governador Sérgio Cabral, que trazem anotações de propinas para o Fichtner, o Alemão ou Gaúcho.

Paulo Espírito Santo ficou responsável pelo caso porque o desembargador federal Abel Gomes alegou ser amigo da família do acusado, portanto, estava impedido de julgar.

Com o direito à liberdade, Fichtner tem que se apresentar na 7ª Vara Criminal Federal a cada dois meses e não pode sair do país. O MPF vai recorrer da decisão.

ROSINHA SAI DA CADEIA

Na madrugada de ontem, Rosinha deixou a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, por ordem do TRE. Ela é acusada integrar grupo de arrecadação de propina, com direito a braço armado e acordo político com o Partido da República, para garantir eleições da legenda.

Ontem, a 15ª Câmara Cível negou recursos de Rosinha e do ex-secretário de Comunicação do estado, Ricardo Bruno, contra a suspensão dos direitos políticos deles por 5 anos em ação de improbidade. A defesa dela vai recorrer no STJ.

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