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A ONG Rio de Paz fez ontem, na Lagoa Rodrigo de Freitas, uma homenagem aos 132 policiais militares mortos neste ano, no Rio. Cinco placas foram instaladas na Curva do Calombo com nomes de todos os PMs. O ato reuniu familiares dos policiais, que colocaram flores em 13 fardas manchadas de vermelho penduradas no local, simbolizando os homenageados.
Gilma Veríssimo Bezerra, mãe do cabo Djalma Veríssimo Pequeno, assassinado no shopping Guadalupe em outubro, lembra que o filho estava de férias quando levou três tiros em um assalto a uma joalheria. "Infelizmente, a vida do meu filho custou três gramas de ouro, que foi o que eles levaram". Para 2018, ela espera a redução da violência. "Que a gente não tenha mais essas placas pra levantar, e chegue o dia em que tenha pouquíssimas placas, ou não tenha nenhuma", completou.
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Para o presidente da ONG, Antônio Carlos Costa, o Rio só terá paz "no dia em que execução de morador de favela e assassinato de PM contarem com o mais veemente repúdio de todos os setores da sociedade". Para ele, direitos humanos não têm lado. "A luta pela defesa do direito à vida não pode ser seletiva. Nós entendemos que um cidadão não se torna destituído de direito ao vestir uma farda. E isso, muitas vezes, nós nos esquecemos, vendo-os como inimigos da sociedade, quando não são".