Rio - Há uma semana, acontece na fria Detroit, norte dos Estados Unidos, o Salão Internacional de Automóveis Norte Americano. O primeiro grande evento do ano voltado para o segmento automotivo apresentou novidades. E, algumas delas, um tanto quanto mornas para a temperatura da maior cidade de Michigan. No evento, as principais marcas apresentaram lançamentos que devem chegar, no máximo, até 2019. E alguns poucos conceitos, como o Q-Inspiration e X-Motion da Nissan, que trazem visual futurista e ainda não têm previsão de se tornar realidade.
Destaque para caminhonetes e utilitários, o que mostra a preferência americana por modelos grandes. A medida teve como reflexo a realidade das vendas no país, onde a demanda das grandonas cresceu em comparação a outros segmentos de menor porte. Para Randy Miller, especialista da Ernst & Young, os lucros com grandes modelos tornaram o rendimento dos automóveis menores quase insignificante. Portanto, era de se esperar que os utilitários fossem o foco do salão. Mas ainda há espaço para hatchs, SUVs e sedãs, como a nova geração do Volkswagen Jetta, que deve chegar ao Brasil no segundo semestre.
Voltando aos utilitários, novos modelos da Chevrolet Silverado e Ram 1500, que em 2017 só foram superados pelos modelos da série F da Ford. Seguindo na Ford, uma conhecida nossa também foi relançada no país após hiato de produção de sete anos: a Ford Ranger. Lá, a picape terá um propulsor de Mustang e câmbio automático de 10 marchas.
Na alemã VW, o aguardado Jetta tem novo visual, plataforma e painel, já na geração atual do Polo. A nova geração do contestado Veloster, da coreana Hyundai, apareceu no salão em três versões, todas mais esportivas do que o modelo atual. Dos modelos, a versão mais 'fraca' traz um motor 2.0 de quatro cilindros aspirado com 147 cv e torque de 18,25 mkgf. Sem previsão de chegar no Brasil, há ainda o Veloster N com motor 2.0 de 279 cv e tração dianteira.
Anova geração do contestado Veloster, da coreana Hyundai, apareceu no salãoem três versões, todas mais esportivas do que o modelo atual. Dos modelos, a versão mais ‘fraca’ traz um motor 2.0 de quatro cilindros aspirado com 147 cv e torque de 18,25 mkgf. Sem previsão de chegar no Brasil, há ainda o Veloster N com motor 2.0 de 279 cv e tração dianteira. Ainda falando sobre o que deve vir para o nosso país, a Kia lançou o Forte, que por aqui se chama Cerato. As linhas do modelo estão mais agressivas e ele cresceu quase um centímetro. Seu desenho foi inspirado no fastback da montadora Stinger. Nos EUA, modelo será equipado com um motor quatro cilindros de 2.0 litros e 149 cv de potência. Já para o Brasil, o motor deve ser o atual 1.6 Flex de 128 cv.
A Jeep também anunciou a nova versão do Jeep Cherokee, que traz um visual reestilizado. A principal mudança, já antecipada pela montadora, está nos faróis. O modelo 2019 já tem passaporte carimbado para o Brasil e trará motor 2.4 Tigershark, de 180 cv de potência. Entre os anúncios feitos durante o salão, um dos que chamou a atenção foi a confirmação pela diretoria da Chevrolet que o elétrico Boltserá vendido no mercado da América do Sul e, consequentemente, no Brasil, em 2019. A chegada do hatch ecológico da montadora que tem baterias com autonomia de 383 km faz parte de um plano para a eletrificação dos seus carros. A proposta prevê o lançamento de 20 modelos zero emissão até 2023 com essa proposta.
No salão, além das picapes, a Ford também apresentou o novo Mustang Bullitt, nome que faz referência ao clássico filme Bullitt, lançado em 1968, que trazia Steve McQueen pilotando o primeiro modelo em cenas de perseguição. Das alemãs presentes no evento, a BMW revelou o novo X2, que chegará ao mercado brasileiro equipada com motor 2.0 turbo de 192 cv nos próximos meses e a Mercedes mostrou a nova geração do Classe G. O Salão do Automóvel de Detroit começou no dia 15, menos de uma semana após a CES, gigante feira de eletrônicos em Las Vegas, que, neste ano, incluiu representantes da indústria automotiva no setor dos carros elétricos, com vislumbres do futuro da mobilidade urbana.