Os professores e demais servidores ativos da Educação municipal do Rio vão receber o adicional de férias no próximo dia 10, mesma data de depósito dos salários de dezembro. O prazo foi confirmado ontem à Coluna pela secretaria. Vale lembrar que a prefeitura alterou o calendário de pagamentos do funcionalismo, estipulando que, em janeiro, o limite para pagar é o 7º dia útil do mês.
Essa mudança na data de crédito dos salários gerou, inclusive, dúvidas nos profissionais da Educação. A categoria estava aguardando o abono de férias (um terço do salário) ainda esta semana, já que nos últimos anos o depósito foi feito no 2º dia útil, que era justamente o prazo previsto no calendário de pagamentos dos salários.
E, ontem, integrantes do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio (Sepe) que já estavam na prefeitura para tentar agendar reunião com o prefeito Marcelo Crivella foram até a secretaria questionar a falta do pagamento. O grupo relatou que, na ocasião, recebeu a informação de que o crédito do adicional ocorreria no dia 10 conforme a pasta informou oficialmente.
Em nota, a secretaria também ressaltou que "o um terço de férias sempre foi pago junto com o salário de dezembro e no mesmo dia". Acrescentou ainda que, assim, os servidores que terão direito receberão no dia 10 de janeiro.
AUDIÊNCIA CANCELADA
A reunião que o Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Município do Rio (Mudspm) tinha agendado com o prefeito foi cancelada ainda na noite de quarta-feira. A prefeitura informou à Coluna que houve incompatibilidade de agendas devido a outros compromissos de Crivella.
Mesmo assim, o grupo foi à sede da prefeitura, ontem, tentar nova audiência, mas não conseguiram. Os representantes questionam a alteração do calendário de pagamentos e pedem a revogação do decreto. O grupo também quer o retorno de benefícios, como o cartão de Natal, e garantia de reajuste anual.
"Com a reunião, tínhamos a expectativa de obter respostas concretas sobre a nossa pauta. Além de ter sido desmarcada, não sinalizaram uma nova data", reclamou Doroteia Santana, integrante do Mudspm e do Sepe.