Tarcísio entra na Justiça para derrubar decreto que impede servidor de criticar governo
Vereador do Psol protocolou uma ação popular para barrar ato assinado por Crivella que proíbe funcionários públicos de emitirem opiniões contrárias às políticas do Executivo
Por PALOMA SAVEDRA
Mais uma frente do Legislativo busca derrubar o decreto do prefeito Marcelo Crivella, publicado na última quarta-feira, que muda o Código de Ética do funcionalismo carioca e impede os servidores de criticarem publicamente o governo. O vereador Tarcísio Motta (Psol) acionou a Justiça e protocolou uma ação popular para barrar o ato de Crivella, por considerá-lo inconstitucional.
"A ação popular foi protocolada ontem à noite", disse Motta. "Entrei com a ação porque o governo está atentando contra a liberdade de expressão dos servidores públicos e criando um mecanismo de assédio moral na administração pública", acrescentou.
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No documento, o vereador destaca que a determinação do prefeito "inova no retrocesso ético e na violação da moralidade administrativa".
No entanto, até o momento não há previsão de o texto ir ao plenário da Câmara Municipal. Maia disse à coluna que "está atrás de apoio suficiente" ao PDL. Aliás, vale lembrar que o código alterado foi criado em 1994, na gestão de Cesar Maia.
O presidente da Casa, Jorge Felippe (DEM), afirmou que a data de votação está amarrada aos pareceres das comissões (como a de Constituição e Justiça), que até agora não se pronunciaram sobre o assunto.
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E neste momento as atenções do Parlamento carioca estão voltadas à indicação do nome à vaga no Tribunal de Contas do Município (TCM-RJ).
Diante desse cenário, Tarcísio Motta decidiu então correr contra o tempo e acionar a Justiça.