Missa do padroeiro do Rio de Janeiro na Igreja dos Capuchinhos -  Estefan Radovicz/Agência O Dia
Missa do padroeiro do Rio de Janeiro na Igreja dos Capuchinhos Estefan Radovicz/Agência O Dia
Por Gabriel Sobreira

Rio - Centenas de fiéis lotaram o Santuário Basílica de São Sebastião, hoje pela manhã, na Tijuca, para celebrar o o Dia de São Sebastião, padroeiro da cidade. Nem mesmo o calor fora e de dentro da igreja afugentou os devotos.

"Vim agradecer e pedir para paz a humanidade. Trouxe água nessa garrafinha para benzer e chaves da minha casa para proteger, além de fitinhas para distribuir para amigos", diz a dona de casa Lenir Borges, 71 anos, moradora de Engenho de Dentro, enquanto recebe a benção de Dom Orani João Tempesta, o arcebispo do Rio de Janeiro. 

Missa em homenagem ao dia de São Sebastião, padroeiro do Rio de Janeiro. A missa foi celebrada pelo Cardeal Dom Orani Tempesta na Igreja dos Capuchinhos, na Tijuca. - Estefan Radovicz/Agência O Dia

Antes da missa ser celebrada no santuário, ainda no lado de fora, duas meninas não se fizeram de rogadas e entraram na fila para pedir a benção ao arcebispo. "Pedi proteção", conta, muito tímida, Larissa, de nove anos, abraçada à amiguinha Kayla, de seis. Marilda Silva, de 55 anos, mostrou para Dom Orani a foto do cunhado pelo celular e pediu para o clérigo benzer.

"O nome dele é Luis Alberto Antônio. Ele está internado na UTI do Hospital Moacir do Carmo desde o Natal. Tenho fé em Deus de que ele conseguirá sair de lá logo", torce a dorna de casa visivelmente emocionada.

Para o arcebispo, a fé que reuniu tantas pessoas de diferentes idades e partes da cidade vai de encontro com a tônica de São Sebastião.

"Ele tem uma história muito bonita de um jovem leigo cristão, que no século III, viveu com muitas certezas no meio de tantas dificuldades. Muitas perseguições. E mesmo depois que ele foi flechado, ele recupera a saúde, ele volta para o seu trabalho de pregador do Evangelho. E tudo venceu com amor. Esse foi o tema desse ano, que São Sebastião venceu tudo com amor. Temos muitas coisas a serem vencidas, mudadas e transformadas. Mas o amor é a grande revolução dos cristãos", afirma Tempesta. 

"Queremos que a questão da violência seja modificada. Não pode continuar assim. Temos o direito de uma vida mais justa e humana, mais fraterna. Porém a maneira de fazer isso não é criando mais violência e revanche, mas sim amor de Deus", ensina.

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