Rio - O tão esperado reajuste salarial pelo funcionalismo da Prefeitura do Rio não deve sair até abril. Essa é a expectativa de integrantes do governo Crivella por conta de dois motivos. Um deles é a convocação de 500 professores, já que o impacto disso na folha terá que ser avaliado. E o outro porque os gastos com pessoal alcançaram 52,88% da receita corrente líquida, acima do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é 51,30%.
Após anos seguidos de concessão de aumentos, em 2017, a prefeitura decidiu segurar o reajuste. E a dificuldade financeira encontrada pela atual gestão foi uma das alegações.
Agora, a prefeitura não descarta dar a correção salarial ainda este ano. Inclusive, o assunto vem sendo estudado. Porém, não há nada decidido.
Pela lei, o reajuste dos servidores ativos e inativos da Administração Municipal, Direta, Autárquica e Fundacional, tem como índice o IPCA-E, apurado até o mês anterior a concessão do reajuste.
A legislação também diz que a revisão anual poderá ser feita dependendo da situação fiscal do município. Ou seja, com o Executivo verificando se o comportamento da receita é capaz de suportar o aumento da despesa.
Salário antecipado em um dia
O prefeito Marcelo Crivella anunciou, ontem, em sua página no Facebook, que o pagamento do salário de janeiro será antecipado em um dia. Pelo cronograma, os depósitos têm que ser feitos até o quinto dia útil, que, neste mês, cairá na quarta-feira. E os vencimentos serão quitados na terça-feira, prometeu Crivella.
"Embora janeiro tenha sido um mês de muito pouca arrecadação, e historicamente é assim, o pagamento será feito na terça-feira. Vamos antecipar um dia", declarou ele, que citou o trabalho de seu secretariado para adotar a medida.
Ele também sinalizou que o antigo calendário de pagamentos poderá ser retomado: "Espero que a gente possa pagar sempre antes do prazo limite. E, quem sabe, como era pago em 2017".
Pelo cronograma antigo, e que a prefeitura deu continuidade em 2017, os servidores ativos recebiam no segundo dia útil. Já os inativos e pensionistas eram pagos no primeiro dia útil. Os servidores reivindicam o retorno do calendário.
