Cláudio Castro terá que indicar próximo chefe do MPRJ a partir de lista tríplice do órgão
Favorito do clã Bolsonaro, procurador Marcelo Rocha Monteiro ficou de fora; nos bastidores, tudo indica que governador em exercício escolherá o mais votado, Luciano Mattos
Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ)Reprodução internet
Por PALOMA SAVEDRA
Os membros do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) participaram nesta sexta-feira da eleição para o cargo de procurador-geral de Justiça (PGJ) para o próximo biênio (janeiro de 2021 a janeiro de 2023). Entre os cinco candidatos, o promotor Luciano Mattos foi o primeiro colocado: recebeu 546 votos no pleito. A procuradora de Justiça Leila Costa ficou em segundo, com 501 votos. O promotor Virgílio Stavridis foi o terceiro mais votado (427).
Os procuradores Marcelo Rocha Monteiro (143 votos) e Ertulei Laureano (93) ficaram na quarta e quinta posição, respectivamente. Monteiro, aliás, foi apontado como o candidato favorito pelo clã Bolsonaro e pelo próprio governador em exercício, Cláudio Castro, e ficou fora da lista tríplice.
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Pela lei, agora o atual chefe do MPRJ, o procurador Eduardo Gussem, tem que encaminhar um ofício ao governador em exercício comunicando o resultado da votação e com a indicação dos três candidatos mais votados.
A Constituição Estadual do Rio de Janeiro determina ainda que o governador indique para o cargo apenas um nome que esteja na lista tríplice. Nos bastidores, tudo indica que Castro vai escolher Mattos para a missão.
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COMPROMISSO DOS MAIS VOTADOS
Apesar de qualquer um dos três da lista ter amparo legal para ser escolhido por Castro, eles (Luciano Mattos, Leila Costa e Virgílio Stavridis) chegaram a se comprometer entre seus pares a respeitar a indicação do mais votado.
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Os três foram os únicos entre os cinco candidatos a assinaram um documento da Associação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Amperj) assumindo esse compromisso.