Caarj faz campanha contra o assédio no Carnaval - Divulgação
Caarj faz campanha contra o assédio no CarnavalDivulgação
Por O Dia

Rio - A Caixa de Assistência dos Advogados do Estado do Rio de Janeiro (Caarj) está na luta contra o assédio nos blocos de Carnaval. A entidade lançou, nesta sexta, a campanha “Não brinque com os meus direitos”, para incentivar o respeito e o combate ao assédio sexual e a violência contra as mulheres durante a festa. Ao longo dos dias de folia, a Caixa vai percorrer diversos blocos para realizar ações de conscientização e entregar ventarolas com o mote da campanha. O primeiro bloco será o Data Vênia Doutor, que desfila na sexta-feira, a partir das 17h, em Niterói.

Nos dias 3 e 4 de fevereiro e da quinta de Carnaval, dia 8, até a segunda-feira seguinte, dia 12, a Caarj vai percorrer 12 blocos no Rio de Janeiro, como o Imaginô, o Embaixadores da Folia, o Dinossauros Nacionais e o Escangalha, para distribuir as ventarolas e promover ações de defesa dos direitos das mulheres.

A cada hora, 503 mulheres são agredidas em todo o território do país, segundo pesquisa Datafolha divulgada no fim de 2017 e encomendada pelo Fórum Nacional de Segurança. No carnaval do ano passado, a Caarj pôde ver de perto o que as estatísticas ilustram. Durante as ações de panfletagem da campanha de carnaval contra o assédio, a entidade precisou trocar as promotoras mulheres, que faziam a distribuição do material da campanha, por promotores homens, devido ao assédio que elas sofreram nos blocos, incluindo piadas, cantadas e até agressões físicas.

Neste ano, além dos panfletos, a Caarj promoveu um concurso de marchinhas com o tema da campanha. A música vencedora será tocada nos blocos parceiros da ação. A entidade também está com a campanha em suas redes sociais, divulgando mensagens por um carnaval com mais respeito.

“O carnaval é o momento de extravasar e brincar, mas respeitando os demais foliões. Por isso escolhemos esse tema, para que o problema do assédio seja encarado de frente. O período do Carnaval ajuda porque, muitas vezes, a irreverência da festa faz com que temas como o assédio sejam enxergados com a urgência que merecem. As mulheres têm direitos que devem ser respeitados sempre”, diz o presidente da Caixa de Assistência dos Advogados, Marcello Oliveira.

 
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