Rei Momo recebeu chave da cidade em cerimônia no Palácio da Cidade, residência oficial do prefeito Marcelo Crivella - Paulo Carneiro/Parceiro/Agência O Dia
Rei Momo recebeu chave da cidade em cerimônia no Palácio da Cidade, residência oficial do prefeito Marcelo CrivellaPaulo Carneiro/Parceiro/Agência O Dia
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - A chave da cidade do Rio foi entregue ao Rei Momo, Milton Júnior, abrindo oficialmente o Carnaval. A cerimônia aconteceu na manhã desta sexta-feira no Palácio da Cidade, em Botafogo, residência oficial de Marcelo Crivella.

O Rei Momo recebeu as chaves da cidade do presidente da Riotur, Marcelo Alves, e a secretária de Cultura, Nilcemar Nogueira. Estavam também presentes na cerimônia a rainha Jéssica Maia e as princesas do carnaval do Rio, Deisiane Jesus e Cinthia Camillo, além do presidente do Instituto Candonga, Maurício de Jesus, guardião das chaves da cidade. 

"A entrega da chave é importante para o Rio, para o carnaval e para o samba, pois é oficialmente o momento da abertura dessa grande celebração. Esse é o simbolo que carrega as nossas tradições e mostra o poder do povo brasileiro e carioca. É importante que estejamos sempre reafirmando a nossa identidade cultura, pois isso influência na nossa cultura, na nossa sociedade e na nossa economia", disse a secretária municipal de Cultura, Nilcemar Nogueira. Ainda de acordo com ela, "o carnaval é uma festa de alegria onde o povo extravasa e libera a tradição do samba — que é a principal referência cultura da cidade". Segundo Nilcemar, "o povo precisa desse momento para ter (um minuto) de trégua".

"Esse é o meu sexto ano a frente dessa grande festa maravilhosa, de tamanha magnitude que é nosso carnaval, vitrine para o mundo. É muito orgulho, muita responsabilidade, um privilégio de estar com a rainha Jéssica e as princesas Deisiane e Cinthia. Poder estar representando nosso povo nos deixa muito ansiosos, mas acreditamos no nosso povo, agradeço ao prefeito, a Riotur pelo empenho e por estarem sempre conosco", disse o Rei Momo. 

Mais cedo, Crivella explicou que não entregaria as chaves por não achar relevante. "Esse negócio de entrega de chave tá virando um dogma religioso. A vida inteira se entregou chave para o Rei Momo. Melhorou a educação? Melhorou a saúde? Tem alguma coisa importante para entregar? Me cobram tanto para entregar essa chave e eu queria saber a relevância. O carnaval é importantíssimo. Mas na escala das hierarquias é uma festa, apenas bem representativa", falou.

O prefeito também esclareceu que não tem nada contra o evento. "Admiro, respeito, aplaudo e fiz de tudo para que o carnaval seja de muito sucesso e muito brilho. Como sempre foi e sempre será", disse.

O presidente da Riotur ressaltou o esforço feito pelos órgãos para o carnaval dar certo. "Nossa missão é proporcionar não só segurança, mas o bem-estar para todos. Estamos prontos, carnaval aberto já, entregue há 20 dias, hoje estamos só oficializando. Nunca vi tanto guarda municipal, tanto policial militar na rua. É o momento de nos divertirmos, com muita paz, tranquilidade, juízo e consciência", falou.

A entrega da chave terminou em festa e a banda da Guarda Municipal tocou para os presentes. 

Mais segurança na Sapucaí

Marcelo Alves disse que a segurança estará mais reforçada este ano para evitar acidentes como o do ano passado, quando um carro alegórico imprensou pelo menos 20 pessoas contra uma grade. Uma delas não resistiu após ficar internada por dois meses e morreu.

"Tivemos mudanças importantes, significativas, primeiramente foram pintadas nas pistas nos acessos, na concentração, uma faixa amarela que mesmo com credencial de pista ou armação não poderá ficar parado ali. Somente a imprensa trabalhando e os protagonistas do espetáculo", disse o presidente da Riotur.

Alves também contou que foi reduzido o número de pessoas na Avenida. "Reduzimos muito o credenciamento de pista e armação. Vocês vão ver isso. O Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio) tem estado diariamente com a gente, fiscalizando os carros alegóricos. O prefeito solicitou o bafômetro ao estado, para evitar possíveis entradas de motoristas de carros alegóricos com excesso de álcool", explicou. 

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