A busca do Flamengo por um substituto para Paolo Guerrero finalmente acabou. Vestindo a camisa 19, Henrique Dourado foi apresentado ontem, no Ninho do Urubu, como segundo reforço do clube nesta temporada. Artilheiro do último Campeonato Brasileiro, com 18 gols, ele iniciou a carreira no modesto Flamengo de Guarulhos e, 11 anos depois, defenderá as cores do homônimo que, segundo ele, é o maior clube do mundo.
"Meu início de carreira foi no Flamengo de Guarulhos. É até engraçado. Um contraste de grandeza. O Flamengo de Guarulhos é um clube muito modesto. Aí você chega no maior clube do mundo... é muito diferente”, disse o atacante.
O Ceifador custou cerca de R$ 11 milhões aos cofres rubro-negros, pagos a Fluminense e Mirassol, e poderá estrear no domingo, contra o Nova Iguaçu. Ansioso para 'ceifar' com a camisa rubro-negra, sua presença na próxima jogo ficará a cargo do técnico Paulo César Carpegiani, já que ele está regularizado e apto para entrar em campo.
"Estou em condições. Tenho que ter um diálogo com a comissão. Fiz alguns teste físicos e tentarei me enquadrar enquadrar nos treinamentos para vermos o melhor dia para a estreia" disse Dourado.
Fruto da bom entendimento entre as diretorias de dois rivais cariocas, a negociação pelo artilheiro do Brasil no ano também foi alvo de perguntas. O presidente Eduardo Bandeira de Melo deixou as portas abertas para futuras transações com outros clubes do Rio e fez questão de encorajar essa boa relação.
"Quando o negócio é bom para as duas partes, não vejo por que não fazer, mesmo sendo rivais. Hoje, um jogador do Fluminense está vindo para o Flamengo. Amanhã pode ser o contrário. Acho que os clubes cariocas podiam até considerar com mais seriedade a possibilidade de negociarmos jogadores", falou o presidente.
Para Dourado, o desfecho da negociação agradou todos os envolvidos. O Fluminense recebeu uma boa compensação financeira, o Flamengo supriu a ausência de Guerrero, suspenso até junho por doping, e ele teve seu desejo de sair atendido.
"Não queria sair pela porta dos fundos. Quando chegou a proposta, não podia pensar só em mim. E foi bom para o Fluminense e para mim. Quando chegou a proposta do Flamengo, não titubeei. Chego ao clube para conquistar grandes coisas", contou o atacante.