Rio - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, mandou soltar o ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes, envolvido no esquema criminoso montado pelo ex-governador do Rio, Sérgio Cabral.
Côrtes foi beneficiado pela extensão de um habeas corpus concedido para o empresário do ramo da Saúde, Miguel Skin, em dezembro do ano passado. Na decisão, Gilmar Mendes diz que "os fundamentos usados ao decretar a prisão preventiva se revelam inidôneos (...) especialmente no que diz respeito à indicação de elementos concretos".
O ex-secretário de Cabral terá que cumprir algumas medidas cautelares, como a proibição de manter contato com os demais investigados, a proibição de deixar o país — devendo entregar seu passaporte em até 48 horas — e o recolhimento domiciliar no período noturno e nos fins de semana e feriados.
Sérgio Cortes foi preso em abril do ano passado durante a operação Fatura Exposta, um dos desdobramentos da Lava Jato no Rio. Ele é investigado por corrupção por fraudes em licitações para o fornecimento de próteses para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). De acordo com as investigações do Ministério Público Federal (MPF) Os investigadores afirmam que, entre 2006 e 2017, os desvios chegaram a R$ 300 milhões.
Na mesma ação foi preso os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita, com base em delação premiada de César Romero, que trabalhou com Côrtes no Into e foi seu secretário executivo na Saúde. As investigações apontaram que o ex-diretor do Into teria favorecido a empresa Oscar Iskin, que tinha Miguel como sócio, nas licitações para o instituto.