Rogério de Andrade foi preso na 4ª Vara Federal do Rio - Arquivo / Agência O Dia
Rogério de Andrade foi preso na 4ª Vara Federal do RioArquivo / Agência O Dia
Por ADRIANA CRUZ

Rio - De volta à Mocidade desde de 2014, o contraventor Rogério Andrade agora quer ficar bem longe dos holofotes e estaria até fora do país. À boca miúda, as razões seriam a descoberta pelo bicheiro de um novo plano para assassiná-lo e problemas com a Justiça. Ontem, no desfile da Verde e Branca, última a passar pela Sapucaí, a ausência do capo da máfia do jogo não mobilizava os integrantes da agremiação, mas muitos reconheceram que o retorno de Andrade deu o título à escola no ano passado e permite que os cofres da agremiação fiquem irrigados para manter um padrão de qualidade na Avenida.

Sem que ninguém saiba ao certo seu paradeiro, Andrade tem preocupações com a família, principalmente com o filho, Gustavo, de 26 anos. Em setembro, ele sofreu atentado no Itanhangá e sua mulher, Fabíola, teria ficado ferida. Em 2010, o carro de Rogério explodiu e o filho dele, Diogo, de 17 anos, morreu.

Dores de cabeça com a Justiça também perturbam o bicheiro. Como o Jornal 'Extra' publicou, a Justiça Federal bloqueou bens do contraventor por movimentações suspeitas em uma empresa de até R$ 8 milhões. Sem Andrade, o camarote da escola ficou bem mais modesto. Os gastos que já chegaram em outros carnavais, como R$ 500 mil 2014, não ultrapassariam R$ 100 mil. Mas mesmo assim, os convidados domingo se fartavam de uísque Black Label, cuja garrafa, custa R$ 192, buffet com comida japonesa, massa e carne assada.

Para muitos na escola, apesar da falta de carisma, ele é o homem forte do dinheiro para colocar o Carnaval na rua. Oficialmente, ninguém fala muito sobre o assunto. O vice-presidente, Rodrigo Pacheco, é lacônico: "Ele não é desfalque. Ele está com agente", afirmou ao final do desfile da Mocidade.

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