Rio - Após uma série de roubos, arrastões e tiroteios, a Secretaria de Segurança do Rio determinou que o planejamento da polícia para o Carnaval fosse refeito e os cerca de 17 mil policiais extras redistribuídos.
Desde sábado foram registrados arrastões na Zona Sul. Na noite de domingo, na Avenida Afrânio de Mello Franco, no Leblon, pessoas que fugiam de criminosos que faziam roubos na região pediram socorro para policiais do 23º BPM (Leblon). O ladrão atirou contra os policiais e houve confronto, mas o homem fugiu. Os dois PMs acabaram feridos e foram socorridos no Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. Um suspeito de atirar nos policiais foi identificado e preso.
Houve também arrastão na Praça Nossa Senhora da Paz e na Avenida Vieira Souto, altura do Posto 8, em Ipanema, na noite de domingo e madrugada de ontem. Na praça, os foliões e moradores correram para dentro da igreja para fugir dos criminosos. Pelo menos 20 pessoas registraram queixas na Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat). Somente ontem, foram 26 ocorrências registradas na Deat, entre 8h e 18h, contra uma média diária de seis registros.
Um dos arrastões em Ipanema foi filmado por um morador. No vídeo, turistas, entre eles estrangeiros, foram vítimas de um grupo de ladrões na Avenida Vieira Souto, na altura do Hotel Fasano. Houve correria e algumas pessoas foram agredidas pelos criminosos.
Em Copacabana, um policial civil foi impedir um roubo na Avenida Atlântica, orla do bairro, e acabou agredido, na noite de domingo. Ele precisou se refugiar dentro de um condomínio para fugir dos agressores.
Segundo a PM, o agente presenciou um furto e tentou prender o homem, mas comparsas chegaram e começaram a bater do agente. Ele escapou ao se refugiar em um prédio na Rua Aires Saldanha. Os criminosos fugiram e o policial foi atendido na UPA Copacabana.
Em Niterói, um outro arrastão ocorreu em uma via do bairro Santa Rosa, na Zona Sul. Vídeos que registraram a ação dos assaltantes, que também levaram um carro, foram publicados em redes sociais.
De acordo com um oficial que está refazendo o planejamento, a nova tática será "massificar o patrulhamento em comboio". "Isso aumenta a sensação de segurança da população e inibe a ação de criminosos", disse.