Livro narra a história de Araruama através das linhas ferroviárias da década de 1910
Escrito pelo historiador e jornalista Célio Pimentel, "Do sal à Ferrovia" foi lançado através do incentivo da Lei Aldir Blanc e fala, também, sobre a indústria do sal na Região dos Lagos
O livro foi lançado através do incentivo da Lei Aldir Blanc - Sabrina Sá (RC24h)
O livro foi lançado através do incentivo da Lei Aldir BlancSabrina Sá (RC24h)
O início do século XX foi marcado pela expansão ferroviária no Brasil e a Região dos Lagos também passou a ser afetada pelo desenvolvimento econômico do momento. Nascido na estação de trem de Iguaba Grande e testemunha ocular deste avanço, o historiador e jornalista Célio Pimentel escreveu o livro “Do Sal à Ferrovia”, que narra a história de Araruama através da produção das salinas, da navegação a vapor na Lagoa e da ferrovia que fazia o transporte do sal a partir de 1913.
“Meu pai era o chefe da estação de trem onde tudo começou. Eu vivenciei tudo quando vi a Maria Fumaça chegar cheia de novidades e partir de Iguaba Grande, levando pessoas e sonhos”, conta o historiador.
Célio acompanhou de perto a importância das salinas de Cabo Frio, São Pedro da Aldeia e Araruama. Principal produto da Região dos Lagos, o sal era a principal carga dos trens que chegaram em 1913, sendo exportado para todos os Estados. “Em 1935 já tínhamos aqui em torno de 40 salinas, era o auge da indústria salineira”, comentou.
De acordo com o escritor, a ideia inicial era fazer um documentário sobre a estrada de ferro de Maricá, que é objeto de estudo até os dias atuais. Mas as duas histórias se tornaram livros pela editora Hora Certa, sendo lançados em Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Saquarema, Maricá, São Gonçalo e Niterói. “Do Sal à Ferrovia” foi lançado em dezembro de 2021 através das diretrizes e incentivo da Lei Aldir Blanc.
O assunto também foi tema da monografia de Célio, agregando fundamentação acadêmica à sua pesquisa de campo, que foi a própria vivência, na conclusão do curso de História. Além disso, dos anos 90 até os anos 2000, a estrada de ferro foi pauta em artigos feitos para jornais da Região dos Lagos, usando sempre como referência o trabalho de seu pai Sotero Luiz Pimentel em diversas estações de trem.
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