Rio - Os pneus são componentes extremamente importantes para o automóvel, pois são responsáveis pelo contato com o solo, funcionando como um elemento fundamental de direção, desempenho, conforto e, principalmente, segurança.
Eles têm uma vida útil especificada pelo fabricante — em média duram cinco anos — e são designados para funções diversas. Mas para o seu correto funcionamento ao longo do tempo é necessário que o proprietário do veículo faça a manutenção. Muitas dúvidas surgem nessa convivência (qual a hora certa de trocar, quando fazer o rodízio,...) e para tornar tais questões mais claras conversamos com os especialistas da Dinamicar Pneus Hállam Costa e Antônio Oliveira, que passaram as devidas orientações.
Em primeiro lugar, boa parte dos procedimentos acerca da manutenção dos pneus está contida no manual do proprietário. Ali, estarão informações sobre durabilidade, ocasião da troca, calibragem, entre outros. “O nosso veículo é como qualquer outro equipamento que a gente tem, ele precisa de cuidado, precisa de conhecimento, e o conhecimento básico está no manual do veículo”, conta Hállam. Segundo Antônio, a primeira revisão do conjunto é feita normalmente com 10 mil km, quando coincide com a troca dos óleos e filtros diversos. Ele atenta com a peculiaridade de cada montadora: “A Fiat, por exemplo, recomenda a primeira revisão com 8 mil km, por isso é importante consultar o manual do veículo”, explica.
Nesta revisão periódica do veículo, é consultado o desgaste do pneu, quando então é verificado se há necessidade de trocar. “A verificação do desgaste do pneu é feita no marcador TWI, localizado na banda de rodagem do componente. Ele é um instrumento que indica nível através de uma ferramenta chamada profundímetro, onde é possível avaliar se o composto ainda tem condições de rodar ou se é necessário trocar”, explica Hállam. A marca, de 1,6 mm, indica o limite para o seu uso, uma vez que o sulco a atinge é necessário a troca. “Quando um pneu chega no TWI, ele perde suas propriedades de drenagem de água, de frenagem, comprometendo a segurança do veículo”, alerta Antônio.
CALIBRAGEM
De acordo com Antônio, os pneus devem ser calibrados uma vez por semana estando o conjunto ainda frio. O proprietário sai de casa e roda no máximo 1 km, em busca de um posto de combustível, para fazer o processo. Essa frequência é ideal para quem usa o automóvel diariamente. Para consultar a calibragem ideal, observe na coluna da porta do motorista (ou na tampa do reservatório de combustível), um adesivo fixado traz uma tabela com os valores, para o veículo vazio e cheio (passageiros e bagagem, situação comum em viagens). “Fazendo esse dever de casa, seguindo essas recomendações, o motorista estará otimizando a vida útil dos pneus e garantindo a dirigibilidade”, esclarece Hállam. “Um pneu descalibrado perde 25% de durabilidade, além de consumir mais combustível”, completa Antônio.
FIQUE ATENTO
Um fato que talvez pouca gente dê importância é onde vai parar o carro. Você sabia que parar com os pneus em cima de uma poça de óleo, por exemplo, pode danificar o componente? Hállam explica: “Todo fluido não combina com borracha, porque ela o absorve e depois resseca, podendo surgir o aparecimento de futuras rachaduras em sua estrutura. Não é aconselhável, portanto, este contato.”
No caso dos pneus, Antônio explica que preço e qualidade são diretamente proporcionais. “O preço maior justifica a maior quantidade de tecnologia empregado pelo fabricante naquele produto. Pneus mais caros proporcionam melhores performances”. Além desta questão, Hállam atenta para a tipologia do pneu, onde encontramos componentes voltados para objetivos diferentes, diversificados por um sistema de leitura é formado pelas medidas de altura, largura e raio, além dos índices de velocidade, carga e os coeficientes sonoros. “Com estes indicadores, o proprietário poderá saber quais os tipos de pneus apropriados e recomendados para utilizar em seu veículo”, esclarece Hállam.
ALGO A MAIS
Nas revisões periódicas do veículo ou momento da troca de pneus recomenda-se fazer a checagem da geometria do veículo, ou seja, o alinhamento, a cambagem e o cáster. São serviços diferentes, porém verificados em conjunto. Essas três análises garantem um desgaste regular dos componentes, além de uma direção ajustada. Claro, em condições anormais ao volante (trepidação, volante puxando para um lado) ou se os pneus passarem por forte impacto (como ao passar por um grande buraco), procure fazer esta verificação.
Impacto nos pneus também pode danificar as rodas. Saiba que centros automotivos como a Dinamicar Pneus realiza diversos serviços de reparação de rodas, que podem solucionar um eventual problema de empeno, por exemplo. A recomendação maior dos especialistas, no entanto, é não permanecer rodando com pneus e rodas fora dos parâmetros corretos de uso, pois essa irregularidade compromete a segurança e estabilidade do veículo.