Na noite desta terça-feira (04), a Secretaria de Saúde de Barra do Piraí confirmou o primeiro caso de varíola dos macacos em um morador do município. O homem procurou atendimento no dia 20 de setembro em Volta Redonda, cidade próxima, e relatou ter identificado lesão única na região genital dois dias antes O paciente, de 60 anos, foi atendido e orientado a cumprir isolamento social após realizar coleta para o exame.
A amostra coletada foi encaminhada para análise no Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen), no município do Rio de Janeiro. O Departamento de Vigilância em Saúde de Barra do Piraí realiza investigação epidemiológica com o paciente e informa que segue o homem segue "em boa evolução, sem necessidade de hospitalização". Ainda segundo a prefeitura de Barra, pessoas próximas ao paciente não apresentam sintomas da doença e o local onde ele trabalha foi comunicado para que tome as medidas preventivas necessárias.

“Ressaltamos que pessoas que apresentem sintomas de monkeypox devem procurar uma unidade de saúde para avaliação”, disse o secretário de Saúde, Carlos Renato Moreira, lembrando que houve treinamento para detecção e diagnóstico da doença durante o mês de agosto para os profissionais de todos os hospitais e unidades básicas de saúde de Barra como forma de prevenção.

O prefeito de Barra do Piraí destacou que a equipe da Vigilância em Saúde já “demonstrou estar atenta aos possíveis contágios e se capacitando para combater infecções”. “Estivemos à frente da batalha contra a Covid e vamos enfrentar o que pode estar por vir com este novo vírus. Peço à população que se acalme, tendo em vista que estamos preparados por este momento”, disse Mario Esteves.

A varíolas dos macacos/monkeypox é uma doença viral cuja transmissão pode ocorrer através de contato físico, inclusive sexual, ou com material corporal humano contendo o vírus. A doença também pode infectar as pessoas através de fluidos corporais, contato com a lesão ou contato indireto (objetos e superfícies) com o material da lesão. De acordo com o Ministério da Saúde, a doença começa, quase sempre, com uma febre súbita, forte e intensa. A pessoa pode apresentar dor de cabeça, náusea, exaustão, cansaço e fundamentalmente o aparecimento de gânglios (inchaços popularmente conhecidos como "ínguas"), que podem acontecer tanto na região do pescoço, na região axilar, como na região perigenital. A manifestação na pele é chamada de papulovesicular uniforme, que são feridas ou lesões pelo corpo. O período de incubação é tipicamente de seis a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Quando a crosta desaparece, a doença não é mais transmitida.