Metodologia foi desenvolvida pela Universidade Federal de Juiz de Fora e adotada pelo Ministério da EducaçãoFelipe Vieira/CCS PMBM
As assessoras Estratégicas da Secretaria Municipal de Educação, Ana Júlia Cury Gonçalo e Ionara Hygino Muniz, destacaram que a nova Avaliação Diagnóstica é parte de uma sequência de ações que haviam sido promovidas desde o retorno das aulas presenciais, após o período mais crítico da pandemia de Covid-19.
“Tivemos dois anos de aulas remotas e a rede olha para a escola com este período de afastamento de sala de aula. Realizamos todo o trabalho on-line, e precisamos fazer um diagnóstico dessa aprendizagem, que iniciamos desde o retorno das aulas presenciais, no segundo semestre de 2021. Isso já nos apontou indícios da realidade do município. A partir daí, adaptamos a proposta curricular e outras ações formativas desde fevereiro de 2022 estão acontecendo. Entre elas estão o reforço escolar e as formações continuadas, por exemplo”, explicou Ana Júlia.
Ionara acrescentou que cada unidade de ensino fazia seu próprio diagnóstico, através de seus próprios métodos. Agora, o secretário Marcus Barros procurou uma avaliação padronizada para toda a rede.
“Será um diagnóstico feito pelo MEC, através de uma metodologia de larga escala desenvolvida pela UFJF. Não é apenas uma avaliação quantitativa, mas qualitativa, feita a partir da matriz do SAEB, que é o Sistema de Avaliação da Educação Básica do Governo Federal. Através dele, inclusive, que acontecem os repasses do Ideb, que é o financiamento da educação pública aos municípios”, acrescentou Ionara.
Existem réguas, marcas que a criança tem que atingir na série em que está cursando. Conforme a avaliação é aplicada, percebe-se o índice de aprendizagem em que ele se encontra. “Se houver uma defasagem, o próprio sistema nos apresenta materiais de suporte para trabalhar com ele; o que ele ainda não sabe ou deveria saber e de que forma o professor pode promover isso. Então, são avaliações e metodologias periódicas que estamos implantando para o desenvolvimento de cada aluno”, ressaltou Ana Júlia.
Realidade de cada escola e aluno
A assessora da Gerência de Educação Básica, Carla Giovana Silva de Castro Rolim, destacou a importância da ferramenta. “Ela possibilitará a identificação da realidade de cada escola, turma e especificamente de cada aluno. Vai nos permitir observar se as crianças e jovens estão desenvolvendo as habilidades propostas no processo de ensino e aprendizagem e será fundamental para refletirmos as causas das dificuldades, definindo assim as ações necessárias para trabalhar as defasagens encontradas”.
A gerente de Educação Básica, Alessandra Mara Leone Magalhães, também destacou que objetivo da avaliação diagnóstica é identificar de forma precisa, as lacunas de aprendizagem dos estudantes, para que, a partir destas informações, ocorra a análise, as reflexões e o desenvolvimento de ações a serem implantadas no âmbito de escola por toda a equipe escolar.
“Cabe à Gerência de Educação Básica dar continuidade ao planejamento e desenvolvimento de estratégias de realinhamento da Proposta Curricular, de implementação de Programas Educação em Tempo Integral, Reforço Escolar e Correção de Fluxo; garantindo a sequência de Formações Continuadas e até mesmo redimensionar a oferta de atendimentos individualizados pelas SAECs. (Salas de Atendimento Educacional Complementar)”, pontuou.
Olhar para um problema mundial
O secretário municipal de Educação, Marcus Barros, destacou e agradeceu o empenho de todos os profissionais em solucionar um problema que atinge todo o mundo.
“Não fechamos os olhos e mantivemos nossa atenção, de forma carinhosa, para a realidade. Está acontecendo com todos, mas temos que tomar alguma providência, pois este é um problema que precisa ser solucionado. O professor continua sabendo dar aulas, mas o aluno pode ter adquirido lacunas de aprendizado ao longo desses dois anos. Temos este olhar zeloso para uma situação global”, apontou Marcus Barros.
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