Gabriela Vidal, A Menina do Milharal, representa os orixás em cada sabonete artesanal que produz
Gabriela Vidal, A Menina do Milharal, representa os orixás em cada sabonete artesanal que produzRafael Barret0 / PMBR
Por O Dia
Belford Roxo - Em alusão ao Dia Internacional da África (25 de maio), a Secretaria de Cultura de Belford Roxo convidou para expor seus produtos na Casa da Cultura, bairro Piam, Gabriela Vidal, mais conhecida como a Menina do Milharal. Através de uma live, ela mostrou um por um dos seus sabonetes artesanais que são voltados para as matrizes africanas.

De acordo com o secretário de Cultura, Bruno Nunes, o setor tem trabalhado bastante na luta contra as intolerâncias no município.
O secretário Bruno Nunes destacou que tem trabalhado contra a intolerância religiosa no município - Rafael Barreto / PMBR
O secretário Bruno Nunes destacou que tem trabalhado contra a intolerância religiosa no municípioRafael Barreto / PMBR
“Foi em Belford Roxo o primeiro caso registrado de intolerância há alguns anos e hoje isso se inverteu, temos o menor número. Começamos essa luta em 2017 com o seminário, depois criamos o Conselho de Igualdade Racial, o único no Estado do Rio de Janeiro, quando não estávamos em pandemia levávamos a Caravana da Cultura para as escolas e abordamos o tema África em nossas oficinas”, explicou o secretário.

Sabonete artesanal

A Menina do Milharal representa os orixás em cada sabonete artesanal que produz.
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“As pessoas que não conhecem nossa religião acabam a atacando verbalmente, fisicamente e até virtualmente. Minha proposta é trazer minha cultura com os meus produtos onde cada orixá tem um aroma próprio”, destacou Gabriela, que não conteve sua alegria ao expor em sua cidade.
“Sou nascida e criada em Belford Roxo. Representar minha cidade levando a matriz africana para as pessoas é gratificante”, concluiu.

Sempre acompanhando os eventos da cultura no município, a zeladora de santo Neuza Barata possui há 30 anos um barracão em Santa Amélia.
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“Meu maior objetivo é conduzir meus filhos para o caminho da luz, caridade e do amor. Deus é um só. Não importa seu segmento religioso e sim seu interior. Fiquei muito feliz em participar da exposição. O sofrimento dos escravos das senzalas não podem ser esquecidos. Hoje temos que lutar para que nossa religião também não seja esquecida”, ressaltou.