A primeira-dama e deputada federal Daniela do Waguinho destacou a importância da conscientização sobre as consequências da endometrioseRafael Barreto / PMBR

Belford Roxo - Vamos falar sobre endometriose? A Prefeitura de Belford Roxo reuniu uma força-tarefa para o mês de março. Além do Dia Internacional da Mulher (8 de março), os eventos e ações que estão acontecendo pela cidade também estão falando sobre a Endometriose. A Clínica da Mulher abriu suas portas para falar com a população sobre a doença e conscientizar sobre o diagnóstico precoce através de palestras. Atualmente, 280 mulheres estão em tratamento no município.
Aline Delgado Silva enfrentou a endometriose durante quatro anos até conseguir operar, em 2020 - Rafael Barreto / PMBR
Aline Delgado Silva enfrentou a endometriose durante quatro anos até conseguir operar, em 2020Rafael Barreto / PMBR
Autora do projeto de lei que cria o Dia Nacional de Luta Contra a Endometriose (13 de março), a primeira dama e deputada federal Daniela do Waguinho faz questão de demonstrar a felicidade e a honra por levantar essa bandeira tão dolorida para as mulheres que sofrem com a doença. “São sintomas que muitas vezes as deixam incapacitadas dos seus afazeres. Então o objetivo é levar conscientização para saberem o que é a doença, até chegar o diagnóstico e ser tratada. Em Belford Roxo temos a Clínica da Mulher com uma equipe qualificada e fico feliz em representar as cerca de 10 milhões de mulheres que enfrentam a doença”, enfatizou Daniela.
Há dois anos à frente da Clínica da Mulher, a secretária especial de Atendimento à Saúde da Mulher, Priscila Musser, explicou que na unidade tem atendimento para mulheres e homens. “Para tratamento e acompanhamento da endometriose temos uma equipe multidisciplinar para atender essas mulheres que acham que os sintomas são normais, e não são. Com essa conscientização, elas passam a procurar por consulta, passam por especialistas e exames. Diagnosticando a doença, é feito o tratamento medicamentoso e se depois de três meses nada funcionar, o caso é investigado e a pessoa passa por cirurgia”, explicou Priscila.
Doença silenciosa
Durante a palestra, a ginecologista Fernanda Monnerat destacou o que é a doença e seus sintomas - Rafael Barreto / PMBR
Durante a palestra, a ginecologista Fernanda Monnerat destacou o que é a doença e seus sintomasRafael Barreto / PMBR
Segundo a secretária de Assistência Social, Cidadania e Mulher, Brenda Carneiro, Belford Roxo é pioneiro quanto à importância que dá ao tratamento e conscientização da doença. “É fundamental estar sempre informando e hoje falamos sobre cada passo que possa acontecer com as mulheres e por ser uma doença silenciosa e difícil diagnóstico, deve-se ter uma atenção maior”, resumiu Brenda. “Tenho caminhado em palestras pelo município e visto quantas mulheres não conhecem a endometriose e seus sintomas e também não sabem onde procurar ajuda. Eu sou portadora da doença e sei da importância em estar conhecendo, pois pode trazer complicações para a saúde”, acrescentou a subsecretária da Mulher, Cristiane Guedes.
Para as palestras, a ginecologista Fernanda Monnerat destacou o que é a doença e seus sintomas. Ela ainda informou que a primeira cirurgia da doença foi feita no município. Para complementar, a coach Deise Giseli também falou sobre superação. Em parceria com a causa, o presidente institucional do Grupo Hospitalar Fluminense, Leandro Santoro informou que a unidade possui um polo de atendimento, acolhimento e uma equipe multidisciplinar que direciona a paciente para o tratamento na Clínica da Mulher.
Há quase quatro anos enfrentando a endometriose, Aline Delgado Silva, 38 anos, do lar, conseguiu operar em 2020. Ela elogiou bastante a equipe e o atendimento da Clínica da Mulher. “O projeto é muito bom pois temos uma equipe que cuida da gente com carinho e amor, nos tratam com muita empatia e respeito pela nossa dor. E o tratamento é diferente para cada uma. A equipe é comprometida a levar o bem estar da melhor maneira possível a nós. Hoje faço acompanhamento na cidade e faço exames para saber o nível da minha doença. Mas complemento com dieta e exercícios motivados pelos profissionais. Hoje sinto menos dor do que há um ano”, explicou Aline.