Gabriel Monteiro, alvo de operação da Polícia Civil, costumava frequentar boate e ‘festas particulares’ em Cabo Frio Reprodução/ redes sociais
Acusado de promover diversas festas com a presença de menores de idade em sua mansão, Gabriel também costumava frequentar ‘farras’ em Cabo Frio, principalmente no Buda Beach, restaurante, que já foi alvo de investigação após uma acusação de estupro em suas dependências e que tem como sócios o deputado estadual bolsonarista Felipe Poubel e o ex-capitão da PM e ex-candidato a prefeito Diogo Souza da Silveira, acusado de dar um golpe em milhares de pessoas em um esquema de pirâmide em Cabo Frio.
Os três eram frequentemente vistos em festas em uma mansão no bairro Ogiva, que era alvo de diversas reclamações pelo barulho, som alto e algazarra até o amanhecer. Segundo fontes que preferem o anonimato por medo de retaliação, ele promovia orgias em apartamentos na Praia do Forte e em casas em condomínio de luxo em Cabo Frio.
Ele já se envolveu em polêmicas na região, como quando “furou” o bloqueio feito em Búzios durante a pandemia, que impedia a entrada de turistas. Na ocasião, ele foi criticado pelo juiz Raphael Baddini, responsável pela 2ª Vara da Comarca de Armação dos Búzios, que disse que “A última coisa que a gente precisa neste momento é um “PM” anunciando que está violando ordens de confinamento e de vedação de entrada na cidade de Armação dos Búzios”.
Após o vazamento do vídeo, a menor compareceu na 42ªDP (Recreio dos Bandeirantes), com os seus pais, e afirmou que autorizou a gravação. Mesmo que a filmagem tenha sido consentida, gravar ou reproduzir cena de sexo com menor é crime previsto no código penal, com pena prevista de quatro a oito anos de prisão.
Um dos assessores de Gabriel afirmou à polícia que o chefe mostrava vídeos de sexo dele com menores “como se fossem troféus”. O depoimento aponta ainda que ele brincava que ia “abrir uma creche”.
No total, quatro mulheres acusam Monteiro de estupro. Além disso, ex-funcionários e assessores o denunciaram por assédio sexual e moral. Por conta das denúncias, que foram veiculadas pela primeira vez pela TV Globo, no programa Fantástico, o vereador é alvo de processo de perda de mandado na Câmara. Ele nega as acusações.
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