Miriam Seso, presidente do SindServi Macaé, registrou ocorrência nesta quarta-feira (6)redes sociais/reprodução
Miriam afirmou ter se sentido ameaçada pela abordagem adotada por Cesinha com relação a ela já no fim da sessão.
Os servidores estão há sete anos sem reajuste salarial e a entidade sindical organizou um ato na ocasião, em que foi aprovado um aumento de 5% nos salários, abaixo do acumulado de inflação dos 12 meses, que é de 10,54%.
Antes de encerrar os trabalhos, Cesinha disse para Miriam: “eu não tenho medo da senhora. Essa briga minha vai ser direto com a senhora”.
A sindicalista respondeu que a briga não era com ela, mas sim com os 18 mil servidores representados pelo sindicato. Miriam pediu para que o debate não fosse raso, levado para o lado pessoal, mas para o institucional.
A reportagem procurou o vereador Cesinha para se posicionar sobre o registro de ocorrência. Em nota, ele disse que ainda não foi notificado oficialmente pelas autoridades e se manifestará quando isso acontecer.
Sete anos sem reajustes
Os servidores de Macaé tem lutado para conseguir um reajuste salarial de 10,54%, referente a inflação dos últimos 12 meses. O salário deles está congelado há Sete anos, segundo a categoria.
De acordo com Miriam, não dá pra pedir a correção inflacionária deste período inteiro de uma vez. Então, eles tentaram negociar com a Prefeitura o pagamento escalonado ao longo do mandato do prefeito, Welberth Rezende (CID).
Miriam disse à reportagem que o sindicato foi recebido pela Prefeitura.
“Eles ouviram as nossas propostas. Apresentamos um material que garantia a possibilidade de aumento. Mas eles não flexibilizaram. Acho que diálogo tem que ser em duas vias”, afirmou.
O movimento sindical vai continuar articulado e programa um ato para a próxima terça (12) pelo Plano de Cargo, Carreiras e Valorização (PCCV’s).
O que foi aprovado
A lei aprovada pelos vereadores na manhã de quarta foi de autoria do Executivo, estabelece 5% de reajuste para os servidores e teve 15 votos favoráveis e nenhum contrário. O presidente Cesinha e o seu vice Edson Chiquini (PSD) não votaram.
Além dos 5% de reajuste salarial, o PL prevê 25% de aumento no auxílio alimentação, que passará de R$ 400 para R$ 500. Para quem recebe vencimentos de até R$2.262 ainda está previsto um incremento de 50% no auxílio refeição, que será alterado de R$ 200 para R$300.
A Lei entra em vigor a partir da data da sua publicação pelo prefeito Welberth Rezende, mas o reajuste será com data retroativa a 1º de março.
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