Quase um ano depois de ‘calote’ Spartacus continua devendo clientesReprodução/ redes sociais
Mesmo depois da pressão das pessoas que foram lesadas, a empresa que pertence ao ex-capitão da PM Diogo Souza da Silveira, ainda não pagou ninguém. Nem reunião para dar novos prazos o empresário realiza mais, justificando apenas que “não tem dinheiro”, de acordo com testemunhas.
Esses prazos começaram a ser dados em setembro de 2021, no começo da crise da Spartacus. Eles tinham como planejamento a devolução dos investimentos por “problemas administrativos” em outubro. Após diversas promessas e justificativas, o empresário afirmou em uma reunião realizada no final do mesmo mês, que iria iniciar a devolução do capital pagando o percentual de 5% sobre o que foi investido de forma parcelada. A devolução foi programada para ter início no início de novembro, mas não foi realizada até a presente data.
Questionado sobre os prazos não cumpridos e sobre os 36 processos contra a Spartacus, Diogo Souza afirmou ao O Dia que está ciente das ações e acredita que são justas.
“Sou defensor da legalidade e os que agem dentro da lei tem o meu respeito. Sobre qualquer ação criminal sempre estive a disposição da justiça, inclusive me mantendo na cidade como poucos”, disse o empresário.
Ele disse ainda que não tem nem 0,02% de ações, o que, para ele, demonstra a esperança da grande maioria.
“É nisso que me apego para seguir trabalhando para minimizar as perdas de todos! Satisfeito com certeza ninguém está, não tem como! Agora esperança já é outra coisa”, completou.
Ao ser cobrado, ele ainda ataca e ofende os clientes. Uma das investidoras teve que ler que ela estava se fazendo de “vítima da própria ganância” ao questionar sobre o dinheiro ao ex-militar. Em um comentário em uma rede social, ele ainda declarou “Se apegue a sua frustração pra justificar sua perda ao invés de tentar mudar isso por você mesma. A responsabilidade de ter aplicado é exclusivamente sua, pois como falei, nunca te vi, nunca te ofereci e muito menos convenci a nada! Então menos sensacionalismo e vitimismo por favor!” (sic).
Inicialmente a empresa prometia 14% de rendimentos, oriundos de trades de criptomoedas. A primeira quebra de contrato veio com o anúncio da redução do lucro para apenas 5%. Depois disso, a empresa anunciou o encerramento das atividades com a promessa de devolução do capital investido.
Preocupados com a demora no retorno e com o possível ‘calote’ da Spartacus, centenas de investidores prejudicados se reuniram por meio de grupos nas redes sociais trocando informações sobre o atraso nos pagamentos e cobrando respostas.
Após diversas promessas e justificativas, o empresário afirmou em uma reunião realizada no final de outubro, que iria iniciar a devolução do capital pagando o percentual de 5% sobre o que foi investido de forma parcelada.
O caso se tornou ainda mais polêmico pela proximidade do empresário com o Deputado Filippe Poubel. Acusado de também fazer parte da consultoria, o parlamentar que é sócio de Diogo no restaurante Buda Lounge, esclareceu que não faz parte de nenhuma sociedade de criptomoedas.
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