Grupo de voluntários, contemplado no projeto Territorialização e Aceleração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, promove mutirões agroecológicos para alimentar famílias carentes.Foto: Divulgação.
Concluído no final de julho, o Territorialização dos ODS teve como resultado 119 projetos propostos em 28 municípios de 14 estados brasileiros. Ao longo de dois anos, contou com 28 grupos de trabalho e mais de 25 mil participantes em quase 250 horas de treinamento. Foram realizados 73 webinars e apresentados estudos elaborados especialmente para cada um desses municípios: o Diagnóstico Situacional de Indicadores Municipais ODS e a Avaliação Rápida Integrada do Plano Plurianual (2018-2021).
A parceria entre Petrobras e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) teve como objetivo promover a formação e assessoria técnica para pessoas das comunidades locais, incluindo as que atuam na gestão de políticas públicas, com foco no fortalecimento de iniciativas embasadas em dados técnicos e alinhadas aos ODS. Permitiu ainda a identificação, de forma colaborativa, das necessidades de cada região e o envolvimento das comunidades em temas fundamentais para o planejamento das gestões municipais.
Campos dos Goytacazes
Os dados do relatório do PNUD mostram a importância de o munícipio estimular iniciativas que ofereçam soluções para o quadro de desnutrição infantil, agravado pela pandemia. E a proposta de voluntários campistas que já atuavam com hortas comunitárias aponta o associativismo como caminho para o bem-estar social e o alcance dessas soluções.
Nasceu daí o projeto Mutirões agroecológicos para o exercício pedagógico do Bem Viver na Baixada Campista. A iniciativa visa promover o diálogo de saberes escolares e populares a respeito de agricultura, se utilizando de espaço público pela e em prol da comunidade de Farol de São Thomé, em Campos de Goytacazes.
No cronograma das hortas, está prevista a colheita, em outubro, de alface, couve, cebolinha, tomate, coentro, hortelã, boldo e salsa; em novembro/dezembro, estes mesmos alimentos, além de abóbora e pimentão. Mais adiante devem ser colhidos: brócolis, agrião, urucum (produto que compõe o colorau), abacate, banana, laranja, limão, mamão e maracujá. A proposta inicial é atender a 12 comunidades (um mutirão por mês), em torno de 50 famílias.
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