Estrutura da antiga fábrica de macarrão também foi vista, mas a preferência é por áreas abertas Foto Divulgação

Campos - Campos - “Em Campos vamos fazer nosso projeto-piloto para o Brasil, desenvolver a atividade com inovações técnicas, inovações na criação e produção de peixe", afirma o empresário alemão Burkhard Hormann, da Colossal Fish, que, acompanhado de Martin Halverson (outro representante da empresa) se reuniu com o prefeito Wladimir Garotinho, articulando a instalação de uma unidade no município.
Há 20 anos no mercado de criação de peixes e industrialização de pescado no Brasil, a decisão por se instalar em Campos já foi tomada; falta apenas definir o local. Trata-se de um projeto de aquicultura considerado inovador no país, em um investimento privado inicial de R$ 30 milhões e a geração de 150 empregos.
Várias áreas foram visitadas pelos empresários, inclusive uma em Baixa Grande, ao lado do local onde está sendo construída a Universidade da Baixada Campista; eles também conheceram a estrutura da antiga fábrica de macarrão; gostaram, mas, alegaram que estão verificando áreas abertas.
Nesta terça-feira (06) os alemães conheceram outros pontos, como o antigo Ceasa de Guarus, para a instalação da empresa que, de Campos, pretende produzir pescado para o mercado brasileiro e internacional. “O projeto está todo pronto, só falta o endereço”, resume Burkhard Hormann.
Dois entre os critérios apontados pelo representante da Colossal Fish para definir o local são ter uma faixa de 50 hectares e água boa em excesso. O secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca de Campos, Almy Junior, participou da reunião dos empresários com Wladimir e os tem acompanhado nas pesquisas das áreas.
Na opinião do secretário, Campos tem grande potencial em piscicultura: “recebemos a visita de empresários alemães, de empresa que opera no setor, interessados em conhecer as potencialidades que o município oferece; mostrei para eles a viabilidade que oferecemos, tanto no aspecto econômico, quanto na disponibilidade dos recursos hídricos”, pontua.
Almy Júnior ressalta que, como alternativas para o que o projeto exige, além da criação em cativeiro, há a possibilidade de utilização da malha de canais de 1.200 quilômetros, lagoas e rios: “eles ficaram impressionados com o apecto da logística, pois Campos é cortada pela BR-101 e BR-356 que liga a região aos grandes centros consumidores do Brasil”.
“Há também o Porto do Açu (entre Campos e São João da Barra) e o Aeroporto Bartholmeu Lysandro, que são alfandegados, com possibilidade de exportação da produção”, destaca Almy Júnior, concluindo: “os empresários visitaram várias áreas propícias para a implantação do projeto na Baixada Campista e em outras regiões próximas do aeroporto; estamos empolgados, porque se trata de um segmento que gera empregos e renda”.