Por Fernando Mansur
Preparando-me para tomar meu café da manhã, deparo-me com uma bela salada de frutas. Por um instante, aquela imagem me faz viajar para um tempo em que o homem sabia que fazia parte da natureza. E tento imaginar todo o potencial daquelas frutas à minha frente.
Penso: tudo de que o homem precisa para sua alimentação e saúde está contido em frutas, legumes e cereais. A natureza nos oferece todos os nutrientes necessários ao corpo físico. Pouco resta para complementar. É claro que esse afastamento do essencial vem de milhares de anos, e deve demorar outros tantos, na espiral do tempo, para nos readaptarmos à sensatez.
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Após meditar sobre isso, eis que me deparo com um e-mail trazendo um artigo muito interessante do professor Paulo Mendes Pinto na revista Visão, de Portugal. Começo a ler e logo constato que tem tudo a ver com o que eu estava pensando. Escreve o professor:
“Vivemos numa cultura e numa sociedade que perdeu o sentido do sagrado, dessacralizou-se. Esta visão materialista, de curto prazo, imediatista, do culto do agora, da negação do espírito e do Além, de adoração do consumo, fez-nos perder o sentido da sacralidade do Cosmos e da Vida. Numa ótica teosófica o Cosmos é sagrado, porque justamente ele é o corpo da Divindade.
Nesta perspectiva tudo é sagrado porque tudo está prenhe da Deidade. ... A matéria é sagrada porque guarda em si a semente do divino, o sopro da Divindade. Retomar novamente este sentido do sagrado é, na minha perspectiva, a pedra de toque necessária para a construção de uma nova civilização, de uma nova idade, de uma nova terra”.
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Tentemos! Vamos!