O velho mito de Prometeu encontra-se em todas as antigas Teogonias, diz H.P. Blavatsky no volume 3 de A Doutrina Secreta, Antropogênese. A partir do momento em que a hierarquia dos Prometeus despertou a mente no ser humano, passamos a assumir a responsabilidade por nossos atos.
Somos iguais em nossa essência divina, já que proviemos do Uno, n’Ele vivemos e temos o nosso Ser. Porém, o desenvolvimento desta essência primordial torna-nos diferentes, já que cada um se encontra em um estágio distinto de compreensão e expansão da consciência que lhe é própria.
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O sofrimento é inerente à condição humana, porque, como Prometeu, também estamos acorrentados. Diz Blavatsky que “esse drama da luta de Prometeu contra o Zeus sensual, nós o vemos desenrolar-se diariamente em nossa humanidade atual: as paixões inferiores acorrentando as aspirações superiores ao rochedo da Matéria, surgindo muitas vezes o abutre da dor, do pesar e do arrependimento.”
Por amar profundamente a humanidade é que Prometeu se sacrificou e sofreu, "pois o divino Titã era movido pelo altruísmo, e o homem mortal obedeceu sempre ao próprio interesse e egoísmo.” A evolução cíclica continua e um dia será restabelecida a harmonia interrompida entre nossas duas naturezas: a terrestre e a divina. Enquanto isso podemos tentar dar o melhor de nós para diminuir a diferença entre as duas. Vamos!
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