QUEM ME VIU, QUEM ME VÊ
Olhando para mim hoje, percebo como eu me considerava antigamente.
Vejo fotografias antigas, onde apareço jovial, alegre, bem apessoado, digamos assim. Mas na época em que as fotos foram tiradas, a visão de mim mesmo não era boa.
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Dois comentários depreciativos a respeito de minha aparência me marcaram profundamente e só agora estou me libertando deles.
Por outro lado, não registrei na mesma proporção e profundidade os elogios que recebi a propósito de qualidades que eu demonstrava.
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Então, observando em retrospectiva, parece que havia três espelhos me refletindo: Um mostrava o que outras pessoas achavam de mim; o segundo espelho revelava minha auto impressão; e o terceiro irradiava quem de fato eu era. E com esse último eu tinha pouca familiaridade, mas creio que foi ele que me guiou em meio às discrepâncias de avaliação.
A auto depreciação não é benéfica, provocando a sensação de menos valia, que acreditamos ser real enquanto a sentimos.
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É assim que muitas oportunidades que a vida nos apresenta podem ser desperdiçadas, por essa noção errônea sobre quem realmente somos.
Já se passou algo parecido com você? Na juventude você se sentia feio/a, e hoje caiu em si que não era bem assim? Que falta faz uma polegada a mais ou a menos no cômputo geral?
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Ainda bem que podemos nos rever com outros olhos e nos parabenizar por termos sobrevivido a tantos embates e ainda estarmos tentando fazer alguma boa diferença no mundo.
E podemos continuar.
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Vamos!
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