Chuva de pétalas
Do alto da montanha caem pétalas. Em cada uma está escrita uma mensagem. Foram deixadas por seres alados, acostumados com as intempéries. Quando estas se intensificam, eles surgem para restaurar o destino humano, momentaneamente descarrilado.
Qual o conteúdo dessas mensagens, ainda não se sabe ao certo. Sabe-se que trazem palavras de alerta e advertências. Alguém as ouvirá?
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Em outros momentos tensos da humanidade, em que as vias por onde flui a vida também se apresentavam combalidas, outros seres vieram - talvez os mesmos - com mensagens semelhantes. Quantos escutaram? O mundo mudou?
Somos afeitos ao esquecimento, a dor costuma nos lembrar.
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Oh, pobre humanidade órfã, quem lhe salvará de seus próprios desvarios?
Como inspirar bilhões de seres desorientados e encaminhá-los para a reta senda? Como se cria uma utopia realizável? Sonhando, pensando, imaginando?
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Quando a casca é descartada sobram o cerne, o miolo, a semente que nasce e renasce indefinidamente, até a lição ser aprendida.
Enquanto isso, os seres das montanhas ainda terão muito trabalho, escrevendo e jogando mensagens do alto, como pétalas, cujo perfume nos ajuda a viver, aprender e a seguir em frente.
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Inspiremos o Sopro do Grande Alento.
Podemos. Vamos!
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