Antigo Cassino da Urca - Roberto Tietzmann; Reprodução Wikipedia
Antigo Cassino da UrcaRoberto Tietzmann; Reprodução Wikipedia
Por Thiago Gomide
Apostadores recorriam à ele. Muitas pessoas pagavam para vê-lo se apresentar. O dono do Cassino da Urca, Joaquim Rolla, gostava de suas previsões.
Estou falando do burro Canário, comprado por Joaquim Rolla como um asno capaz de responder complicadas perguntas e revelar o futuro.
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Canário, que tinha o mesmo nome do burrico de Rolla quando criança na cidade mineira de São Domingos da Prata, começou ganhando fama em espaços diversos do Rio de Janeiro.
O treinador dele era Manuel Fernandes. E o dono era o pernambucano Fausto Moreira, homem capaz de negociar até o que acreditamos ser invendável.
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O jornal “Diário da Noite” deu cartaz pro burro, o que aguçou ainda mais a curiosidade.
Depois de comprá-lo, Joaquim Rolla se viu na necessidade de ampliar a fama do bichinho. O que fez? Usou toda sua máquina de propaganda para tal.
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Resultado:as pessoas iam ao Cassino da Urca para assistir e aproveitar as previsões do Canário, que ficava rondando as mesas de roleta de 23:30 às 24:00.
Gois Monteiro, um dos generais mais importantes do governo Vargas, era um dos apaixonados pelo burrico.
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Depois de muito tempo, provou-se a farsa – pra desgosto de Rolla, que, até provem ao contrário, entrou de gaiato também na história.
Renato de Almeida, jornalista do “Diário da Noite”, a pessoa que trouxe a público o fenômeno, ofereceu uma grana pra quem descobrisse qual era a mágica do Canário.
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Hoje seria moleza descobrir. Na época não era.
O tratador fazia sinal imperceptível para o publico e o burro respondia.
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Fim do bichinho? Joaquim Rolla enviou para São Domingos da Prata. 
Bibliografia: O Rei da Roleta: a incrível história de Joaquim Rolla - João Perdigão e Euler Corradi - Editora Casa da Palavra
 
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