Cais do Valongo foi declarado Patrimônio Mundial da Humanidade em 2017 pela Unesco - Luciano Belford/Agência O Dia
Cais do Valongo foi declarado Patrimônio Mundial da Humanidade em 2017 pela UnescoLuciano Belford/Agência O Dia
Por Thiago Gomide
Os números variam, mas nunca são tímidos.
Durante décadas, centenas de milhares de pessoas escravizadas vindas da África entraram na América através desse porto no Rio de Janeiro.
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As pedras pisadas do Cais do Valongo, no centro da cidade, retratam as dores. Não é preciso muito para entender o que foi a escravidão – o que é a escravidão.
Aquela área ainda nos reserva, desse tenebroso período, o Cemitério dos Pretos Novos, mas também os cantos e batuques das religiões afro-brasileiras.
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Dor e resistência caminham juntas na história.
A 8ª lavagem do Cais do Valongo, que acontece nesse sábado (27), de 10h às 18h, é mais uma chance de nos conectarmos com o nosso passado, relembrando e reescrevendo. Sempre.
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Há dois anos, entrevistei o fotógrafo Januário Garcia no exato dia que se comemorava o título de Patrimônio Mundial da Humanidade.
“(Ser considerado Patrimônio Mundial da Humanidade) é um reconhecimento da nossa luta, é um reconhecimento desses anos todos que a gente lutou nesse país. É sobretudo recontar essa história do país que não foi contada, né? A gente conhece a história do caçador. Na hora que o leão começa a contar...É o nosso caso: a gente tá começando a contar a nossa história”, disse abrindo um sorriso de orelha a orelha.
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Clique aqui para ver a reportagem com essa entrevista, que ainda mostra a filha do sambista Zé Keti apresentando o lugar para a neta. 
O que vai rolar no sábado? Água de cheiro para dar aquela limpada, louvor aos orixás e ancestrais, apresentação de grupos culturais afro e roda de samba.
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Vamos ver esse novo capítulo. Nos encontramos lá.
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Quer saber mais sobre o Cais do Valongo?
Fiz um vídeo dando mais detalhes. Clique aqui pra assistir.
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Prometo que volto em breve com mais e mais informações sobre o Cais do Valongo.
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Corajosa Tia Ciata
O tráfico de pessoas foi proibido em 1831 e aquela região, que depois ganharia o nome de pequena África, foi um ponto de acolhimento de negros libertos, negros que por ventura vinham de outros estados...

Ali surgiu uma das mulheres mais importantes para a história do samba.
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Tia Ciata, mãe de santo, enfrentou os perigos da repressão para encobertar as rodas de desse ritmo tão querido.
Conheça a casa dela e descubra outras mil informações sobre essa mulher incrível. O site é esse.