As Casas Casadas, em Laranjeiras, sede da RioFilme: espaço para debates e produções audiovisuais  - Divulgação
As Casas Casadas, em Laranjeiras, sede da RioFilme: espaço para debates e produções audiovisuais Divulgação
Por Thiago Gomide
De bermuda e camisa regata, aproxima-se Cavi Borges do estúdio da rádio Roquette Pinto, hoje 94,1 FM.
Era feriado e fazia um calor infernal. Eu e meus companheiros estávamos trabalhando. Ele poderia estar na praia, subindo montanhas ou tomando um chopinho.
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Iríamos tomar um famoso beiço de entrevistado, mas, no fundo, no fundo, iríamos compreender. 
Acompanhado da filha, desde o começo ficou perceptível que havia ali dois interesses: mostrar a dinâmica de um programa ao vivo em um veículo de comunicação que já inspirou sonhos e defender sua produtora, sua locadora, sua produção, o cinema.
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A Cavídeo, que traz no currículo inúmeros títulos, nasceu como uma locadora de vídeos. Na Cobal do Humaitá. Os filmes sempre variados e raros transformaram o espaço na Meca de tudo aquilo que não se encontra na NetFlix ou no YouTube ou na Amazon.
Instigado e inquieto, Cavi resolveu sair do ar condicionado e ir para o set de gravação. Ou sets de gravações, como costumou frisar na entrevista de mais de uma hora.
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Conhecido por produzir com baixíssimos orçamentos, ele acabou se tornando um formador de novos cineastas. Muitos sem dinheiro algum – mal pagavam o transporte. Muitos que não sabiam nem como apertar o rec. Muitos que acreditavam que cinema é coisa de casaco de camurça, camiseta preta, óculos leopardo e tênis Osklen.
A partir de março de 2020, a Cavídio Produções e o Cavi estarão também no prédio histórico das Casas Casadas, sede da RioFilme.
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Fruto de uma parceria, o prometido é que o catálogo da locadora, com mais de 40 mil DVDs e blue-rays, será disponibilizado gratuitamente para a população da cidade, além de haver espaço para midiateca, debates, formações e até um núcleo de produção audiovisual.
Boa notícia. Fica aqui a torcida.  
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Presidente da RioFilme
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César Miranda Ribeiro, flamenguista com direito a bandeirinha na mesa da firma, ficou mais de 30 anos na TV Globo.
Saiu praticamente pra assumir a importante fomentadora de filmes nacionais.
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A RioFilme faz parte da Secretaria Municipal de Cultura.
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História das Casas Casadas
A coluna adora esse prédio.
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Clique aqui e conheça a história.
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E a Cavídeo da Cobal?
A informação oficial é que continua.
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Festival MultiRioFilme
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Na sexta-feira (06), às 10 da manhã, rola no Odeon a entrega dos prêmios do festival MultiRioFilme, parceria da Rio Filme com a empresa municipal MultiRio, especializada em midiaeducação.
Veja o texto que está no site do festival:
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“O MultiRioFilme 2019 é um festival de curtas-metragens produzidos por alunos da Rede Pública Municipal de Ensino do Rio de Janeiro, com a orientação de seus professores, que busca estimular e dar visibilidade à produção audiovisual escolar, reconhecendo o incentivo de professores e escolas, e o papel do audiovisual no processo de aprendizagem dos estudantes”.
Que não pare na primeira edição!
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Casa Rosa
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Tem no catálogo da Cavídeo uma pérola: o documentário “Pretérito Perfeito”, sobre a Casa Rosa, na Rua Alice, em Laranjeiras.
O famoso bordel das décadas de 1970 e 1980 é relembrado por antigos ( e famosos) frequentadores, funcionários e ex-garotas de programa.
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A direção da obra é de Gustavo Pizzi.
Não está no documentário que o local, durante o regime militar, era um ponto de encontro de pessoas que queriam derrubar os militares.
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Ninguém podia imaginar que havia alguém confabulando por lá. E se, por ventura, um militar estivesse presente, provavelmente o entretenimento era outro.