O Bloco dos Arengueiros era o bloco da bagunça.
Eles amavam uma zona, tomar uma cerveja, falavam palavrão, se envolviam em brigas, alguns eram bastante mulherengos...Eles não eram aceitos em outros blocos. Eram mal vistos.
Eles amavam uma zona, tomar uma cerveja, falavam palavrão, se envolviam em brigas, alguns eram bastante mulherengos...Eles não eram aceitos em outros blocos. Eram mal vistos.
"Deixe esses caras para lá", diziam.
Sabe quem fazia parte? Vou falar só de alguns: Saturnino Gonçalves, pai de Dona Neuma; o pai de santo Zé Espinguela, que deu a ideia; Euclides Roberto dos Santos, famoso Seu Euclides, marido de Joana Velha; Marcelino José Claudino, grande Mestre Maçu e, claro, o tricolor Cartola.
O Bloco dos Arengueiros foi ganhando corpo, agradando o morro. É aquela máxima: não dava mais para parar. Era um trem em alta velocidade.
Em 28 de abril de 1928, na casa de dona Joana Velha, no Buraco Quente, os componentes do Bloco dos Arengueiros, depois de presenciarem o nascimento da Escola de Samba Deixa Falar, hoje Escola de Samba Estácio de Sá, resolveram que o morro da Mangueira precisava ter uma escola de samba.
Qual nome teria? Sugestão daqui. Sugestão de lá. Discute daqui. Discute dali.
O samba do Cartola foi importante para decisão do nome. Era “Chega de Demanda”, ou seja, chega de conflito. E aí continuava dizendo que “com esse time temos que ganhar, somos a estação primeira, salve o Morro da Mangueira”.
Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira não é porque a Mangueira é a primeira estação do trem, ok? A primeira estação do trem é São Cristóvão.
Têm muitas hipóteses para isso, entretanto a mais convencional é pensar que era a primeira estação a ter samba.
A sede era ali mesmo no Buraco Quente. O primeiro presidente foi Saturnino Gonçalves. O Cartola ficou como diretor de harmonia.
Os outros blocos da Mangueira acabaram aderindo. Sabe rio que deságua no mar? Todos desaguaram no grande mar da Mangueira.
As cores verde e rosa foram inspiradas no Rancho do Arrepiado, de Laranjeiras. Cartola, quando criança, brincava ali.
Outros grandes nomes fizeram parte de primeiro momento da Escola. É impossível não lembrar de Carlos Cachaça, compositor, sobrinho de um dos pioneiros no morro da Mangueira, o português Tomás Martins.
O Tomás Martins construía e alugava moradias no morro. Carlos Cachaça, ainda menino, era o contador dele.
Carlos Cachaça, junto de Cartola e Hermínio Bello de Carvalho, compôs Alvorada.
Sabe quem fazia parte? Vou falar só de alguns: Saturnino Gonçalves, pai de Dona Neuma; o pai de santo Zé Espinguela, que deu a ideia; Euclides Roberto dos Santos, famoso Seu Euclides, marido de Joana Velha; Marcelino José Claudino, grande Mestre Maçu e, claro, o tricolor Cartola.
O Bloco dos Arengueiros foi ganhando corpo, agradando o morro. É aquela máxima: não dava mais para parar. Era um trem em alta velocidade.
Em 28 de abril de 1928, na casa de dona Joana Velha, no Buraco Quente, os componentes do Bloco dos Arengueiros, depois de presenciarem o nascimento da Escola de Samba Deixa Falar, hoje Escola de Samba Estácio de Sá, resolveram que o morro da Mangueira precisava ter uma escola de samba.
Qual nome teria? Sugestão daqui. Sugestão de lá. Discute daqui. Discute dali.
O samba do Cartola foi importante para decisão do nome. Era “Chega de Demanda”, ou seja, chega de conflito. E aí continuava dizendo que “com esse time temos que ganhar, somos a estação primeira, salve o Morro da Mangueira”.
Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira não é porque a Mangueira é a primeira estação do trem, ok? A primeira estação do trem é São Cristóvão.
Têm muitas hipóteses para isso, entretanto a mais convencional é pensar que era a primeira estação a ter samba.
A sede era ali mesmo no Buraco Quente. O primeiro presidente foi Saturnino Gonçalves. O Cartola ficou como diretor de harmonia.
Os outros blocos da Mangueira acabaram aderindo. Sabe rio que deságua no mar? Todos desaguaram no grande mar da Mangueira.
As cores verde e rosa foram inspiradas no Rancho do Arrepiado, de Laranjeiras. Cartola, quando criança, brincava ali.
Outros grandes nomes fizeram parte de primeiro momento da Escola. É impossível não lembrar de Carlos Cachaça, compositor, sobrinho de um dos pioneiros no morro da Mangueira, o português Tomás Martins.
O Tomás Martins construía e alugava moradias no morro. Carlos Cachaça, ainda menino, era o contador dele.
Carlos Cachaça, junto de Cartola e Hermínio Bello de Carvalho, compôs Alvorada.
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“Alvorada, lá no morro, que beleza, ninguém chora, não há beleza...”
Por falar no Cartola. O Cartola era mais jovem que o mestre Maçu e teve aulas com ele de malandragem.
Certa vez, o Cartola chegou pro mestre Maçu e disse que estava apaixonado por uma mulher, mas ela estava com relacionamento sério.
Por falar no Cartola. O Cartola era mais jovem que o mestre Maçu e teve aulas com ele de malandragem.
Certa vez, o Cartola chegou pro mestre Maçu e disse que estava apaixonado por uma mulher, mas ela estava com relacionamento sério.
O Mestre Maçu falou: “Cartola, chuta esse rapaz. Deve ser uma mané. Você é melhor!”
Eis que Cartola fala: “O problema, mestre Maçu, é que é a sua mulher”.
Um outro personagem importante desse período inicial foi José Gonçalves, compositor, famoso..."Zé com fome”.
O camarada chegava em festas, em reuniões e enchia o interior do violão de salgadinhos, doces...O som ficava até mais abafado. Ê, beleza.
Em 1932, a Estação Primeira de Mangueira beliscou seu primeiro caneco.
Eis que Cartola fala: “O problema, mestre Maçu, é que é a sua mulher”.
Um outro personagem importante desse período inicial foi José Gonçalves, compositor, famoso..."Zé com fome”.
O camarada chegava em festas, em reuniões e enchia o interior do violão de salgadinhos, doces...O som ficava até mais abafado. Ê, beleza.
Em 1932, a Estação Primeira de Mangueira beliscou seu primeiro caneco.
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Aí não parou mais.
Parabéns, queridos! Recebam o abraço desse colunista portelense.
