Passeio pelo Centro Histórico de Petrópolis é programa obrigatório para conhecer
as belezas da região - Divulgação
Passeio pelo Centro Histórico de Petrópolis é programa obrigatório para conhecer as belezas da regiãoDivulgação
Por Thiago Gomide
Acordei hoje com um zap do jornalista atento César Ribeiro. Ainda coçando os olhos, percebi que versava sobre Petrópolis, minha terrinha natal. Ajeitei o travesseiro. Na cama, apertei o play.
Era uma reportagem dizendo que os usuários do Tripadvisor, plataforma de viagens, estavam escolhendo Petrópolis como um destino desejado para turismo pós-covid. É o único lugar do mundo que se encaixa no quesito destinos menos conhecidos.
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O vídeo de cerca de um minutinho não mostra nada. Passei o dia com isso na cuca. Pensar em Petrópolis sempre me deixa sem ar. Como posso ajudar quem quer conhecer minha terra?
Resolvi escrever sobre seis fatos históricos que rolaram na cidade e detalhes do Museu Imperial, o mais visitado do país.
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Vamos lá.

1.Compra do estado do Acre rolou na cidade
Barão do Rio Branco (que diferença!) transformou a casa dele em Petrópolis no Itamaraty. Era dali que despachava todos os assuntos internacionais envolvendo o Brasil.
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Em 17 de novembro de 1903, representantes bolivianos assinaram venda do território acreano ao nosso país.
Momento histórico.
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Esse colunista fez um documentário pelo Futura sobre esse fato.


2. Palácio de Cristal e a liberdade
No domingo de Páscoa de 1886, foi organizada uma festa da liberdade no Palácio de Cristal.
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Mais de 500 pessoas escravizadas receberam cartas de alforria. Era para pôr um fim da escravidão em Petrópolis.
Como sabemos, dois anos depois chegaria ao fim (na teoria) esse terrível período da nossa história.
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Os relatos são emocionantes.
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3. Encontros nazistas no teatro Dom Pedro II
O lindo teatro Dom Pedro II, que foi recentemente rebatizado como Teatro Paulo Gracindo, ao lado do Museu Imperial, foi um dos grandes centros de reuniões de simpatizantes do nazismo no Brasil.
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Nem só de boas histórias vivemos.
Há fotos e mais fotos dos encontros.
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4. Santos Dumont é um dos símbolos da cidade
Uma das pessoas mais importantes da nossa história morou e se suicidou na cidade.
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O museu dele é um lugar necessário para entender parte da obra do homem que revolucionou a aviação.
Há cartas e cartas enviadas para personalidades.
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Preste atenção na escada para ver se não paga um mico.

5. Cassino Quitandinha
O mais imponente Cassino no Brasil ficou em Petrópolis.
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A obra é faraônica. Logo na chegada na cidade, você encontra o hoje chamado Palácio Quitandinha.
O mineiro Joaquim Rolla foi o autor dessa obra, que até praia artificial tinha.
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Por falar em Joaquim Rolla, lembro de uma história ótima sobre um outro cassino famoso que ele dominava, o “Cassino da Urca”.
No badalado Jockey Club estavam em uma mesa de poker Evaristo de Freitas Castro, Virgilio de Melo Franco, o ministro Joaquim Pedro Salgado Filho e Joaquim Rolla. Rolla era o menos experiente. A noite foi entrando, a bebida subindo e as apostas aumentando.
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De repente, ficaram Evaristo e Rolla. Rolla conseguiu limpar o amigo, que ofereceu a Joaquim uma cota em sua empresa, o Cassino Balneário da Urca.
Pouco tempo depois, Rolla seria o principal investidor.
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Coisas da vida. Coisas do jogo.

6. Flamengo tomou olé do Serrano há 40 anos
É capaz de Zico sonhar com o Serrano. É bem capaz.
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Em 1980, o timaço rubro-negro subiu a Serra pra enfrentar o mais importante time petropolitano.
Chovia como se fosse o fim do mundo. Neblina correndo solta. 
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Acácio, goleiro do Serrano, fechou o gol. O Flamengo tentava de tudo que é jeito e nada.
Aos 18 minutos, Anapolina balançou o barbante e levou os quase 15 mil torcedores a loucura.
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Ninguém acreditava.
1 a 0 na seleção rubro-negra.
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Museu Imperial
Nada mais natural que ir ao museu mais visitado do país.
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A casa de verão da família imperial é um passeio incrível.
Sob a administração de Maurício Vicente, você poderá conhecer o trono de Dom Pedro II, o primeiro telefone do Brasil e até a pena usada por Princesa Isabel para assinar a Lei Áurea.
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Por falar em Dom Pedro II, a pracinha atrás do museu é um lugar histórico e não tão famoso. Nesse cantinho, o Imperador gostava de ficar.
Coloque sua coroa e aproveite o clima.
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Por falar em Dom Pedro II
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A Catedral de São Pedro de Alcântara guarda os restos mortais de Dom Pedro II e da imperatriz D. Teresa Cristina, esposa dele. 
Princesa Isabel e Conde D´Eu também estão lá. 
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Cerveja artesanal
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Existe um evento incrível reunindo cervejarias artesanais na praça em frente do Palácio Imperial.
Tenha atenção às datas.
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A moçada faz um belo trabalho.
Como defende o jornalista Saulo Machado, Petrópolis tem tudo para ser a Bruges brasileira. 
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1º barão negro do Brasil Império
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Na famosa praça da Águia, em frente ao Palácio Imperial, há um prédio amarelo. Hoje é a câmara de vereadores.
Mas essa foi a casa de Francisco Paulo de Almeida, o Barão de Guaraciaba, 1º barão negro do Brasil Império.
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Quer saber um investimento dele? Foi sócio fundador da primeira usina hidrelétrica do país, inaugurada em 1889, em Juiz de Fora, Minas Gerais, pertinho de Petrópolis.

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Coluna dedicada
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Saudade imensa de Petrópolis.
Fica aqui meu abraço nos petropolitanos de batismo ou de coração Pedro de Lemos, Solange Simão, Mariana Simão, Márcia Álvaro, Fernanda e Alexandre Seabra, tio Kiko, Eduardo Mazzeu, Lorran Feital e Carolina Freitas ( da página Sou Petrópolis).