31/12/2003 - Oferenda para Iemanjá nas praias do Leme à Copacabana.  Grupo de Umbanda no Leme em frente ao Meridian.  Foto digital Léo Corrêa / Ag. O Dia - Ag. O Dia
31/12/2003 - Oferenda para Iemanjá nas praias do Leme à Copacabana. Grupo de Umbanda no Leme em frente ao Meridian. Foto digital Léo Corrêa / Ag. O DiaAg. O Dia
Por Thiago Gomide
Zélio Fernandino de Moraes sentia dores que ninguém explicava. A família levava para médicos e nada.
Zélio tinha 17 anos quando uma rezadeira disse para ele sobre a importância de desenvolver a mediunidade.
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Acabou parando na Federação Espírita do Estado do Rio, em Niterói. Ali, pensou, encontraria os caminhos.
Sentado à mesa, caboclos e pretos velhos, negros e índios, começaram a se manifestar. Os médiuns tentavam expulsar os espíritos chamando-os de menos evoluídos.
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Havia o preconceito racial também.
Sem entender o que estava acontecendo, Zélio sentiu o “Caboclo das Sete Encruzilhadas” baixar.
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E desceu mandando a real. Se não eram bem-vindos, eles fundariam uma espaço na casa do Zélio.
Desta maneira, em 15 de novembro de 1908, nascia a Umbanda.
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Nos primeiros dizeres, pregavam logo a caridade, a escuta, a evolução espiritual e a não tolerância ao sacrifício de animais.
Como pode-se imaginar, Zélio foi atacado pelo preconceito. Batidas policiais rolavam sempre. Objetos da fé chegaram a ser apreendidos.
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A casinha onde tudo começou, em São Gonçalo, baixada fluminense, foi demolida.
A Umbanda é patrimônio imaterial do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), desde 2016.
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A coluna preza, desde sempre, pela boa convivência entre os credos.
Fica aqui a homenagem aos umbandistas.
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