Eu não escolhi trabalhar na área de entretenimento e celebridades, queria ser correspondente de guerra e fui parar na televisão (risos)! Eu era da reportagem do Notícias Populares, num dia estava numa delegacia, no outro no Rock in Rio, até que o diretor no jornal me escalou para uma vaga de colunista de TV, aí troquei a rua pelos programas de auditório! Fui vivenciar o veículo para escrever sobre ele, que acabou me engolindo. É um mundinho pantanoso, como se diz, em que o público ama, a crítica tem ranço e os famosos dão trabalho! Mas não tem como negar que, hoje em dia, os profissionais dessa área ganharam mais popularidade e, finalmente, reconhecimento.
Acho que a maior mudança nessa área veio mesmo com a Internet nos anos 90. Trouxe maior agilidade na apuração e divulgação das notícias, o trabalho ganhou mais espaço e saiu das páginas de jornais e revistas para dar origem aos chamados "programas de fofoca" na TV. Mas teve um lado negativo: o surgimento dos colunistas piratas! De repente, um montão de despreparados começou a achar que entendia de televisão, de comunicação, misturava artistas com picaretagem em blogs sinistros. Esse pessoal baixou o nível e afetou a imagem de quem trabalhava sério! Ainda bem que o tempo foi fazendo uma peneira e muitos ficaram pelo caminho!
Eu sabia o que queria desde criança: queria ser jornalista! Mas também sempre fui apaixonada por História, que cheguei a cursar na USP, mas tranquei porque precisava trabalhar e não dava para encarar duas faculdades ao mesmo tempo, como eu estava fazendo! Estou me devendo essa! Fica para próxima encarnação!
É bom trabalhar em família! Ser dirigida pelo meu irmão, o Elias, é um prazer porque ele é fera, entende muito de TV, me deixa segura! Com minha irmã, Margareth, a parte administrativa está garantida. Do cenário à produção, ela cuida de tudo, e me faz fincar os pés no chão, porque vivo no mundo da lua!
O fato das pessoas que trabalham em TV, em grande parte, se colocarem num pedestal, acharem que são a nata da humanidade! É muito ego, muita vaidade!
Acredito que tenha quem não goste de mim, isso é natural, mas 'inimigo' acho uma palavra muito forte! Já 'fofoqueira' é apenas um rótulo, não me incomoda como jornalista nem como apresentadora que sou. Quanto às críticas, é simples: aceito as que me fazem parar para pensar, me questionar. De resto, deleto ou até bloqueio. Tem muita gente chata nesse mundo!
Em maio, vamos completar 15 anos no ar. A cada aniversário, nos perguntamos como ainda estamos aqui... Não tem fórmula mágica nem formato fixo, mesmo porque durante todo esse tempo o 'A Tarde É Sua' já teve várias fases, inclusive desgasta a imagem, mas até agora o público não enjoou da gente!
Acho que nosso programa é melhor que muita coisa que tem lá, mas eu não preciso da Globo nem a Globo precisa de mim.
Calma eu? Não, sou uma mulher passional, mas sob controle depois de 20 anos de análise! E meu lema ainda é bem Rita Lee: "não provoque, sou cor-de-rosa-choque!".
A 'Roda da Fofoca' surgiu no 'A Casa é Sua', que eu apresentava em 2000, na própria Rede TV!, depois de uma viagem que fiz a Madri, onde assisti a um programa chamado 'Tarde com Terelu', em que a apresentadora reunia um jornalista, um psicólogo e um astrólogo para discutir os fatos do dia. Achei interessante e resolvi abrasileirar a ideia focando só no mundo dos famosos, com colunistas da área e participação de artistas. Como por aqui esses assuntos eram e ainda são considerados 'fofocas', resolvi botar no título! Virou sucesso, tivemos até que registrar, porque vários programas começaram a imitar e a usar descaradamente o nome do nosso quadro. A Roda cresceu, tem a geladeira para quem pisa na bola, tapete vermelho para quem brilha e um time formado pelos jornalistas Vladimir Alves, Thiago Rocha e Felipeh Campos ao meu lado no estúdio, além de Alessandro LoBianco, direto do Rio, e Bruno Tálamo, de São Paulo, em link. Toda quarta-feira, Márcia Piovesan e Leonora Áquilla também integram a bancada! A sintonia entre a gente é total!
Eu queria finais de semana com um sábado e dois domingos, para dar tempo de curtir bem a família e depois ter um dia só pra mim! Amo maratonar séries, sair para tomar um café e papear com os amigos pelas livrarias da cidade (o que não dá para fazer em tempos de pandemia), passear com meu cachorro, dirigir ouvindo música, curtir as madrugadas, etc etc etc. Tudo simples assim!
Reprises.
Devo ter nascido primeiro lá e depois em São Paulo. Tenho paixão pelas duas cidades, são meus lugares no mundo! Incrível a pulsação que elas têm! Adoro me perder na multidão!
Costumo dizer que tive uma boa separação porque tive um bom casamento! Não houve cobranças, acusações nem ressentimentos, apenas a certeza de que tínhamos completado nossa história de 17 anos e um filho. Fim de ciclo, amor que mudou de estágio! Amigos para sempre! Simplesmente aconteceu assim, não tem receita, acho que tive sorte! A maioria passa por separações complicadas, cada casal tem seu enredo! Só não concordo com a exposição, mania de levar tudo para as redes sociais, transformar a intimidade em baixaria, como tem acontecido muito no meio artístico, de Joelma e Ximbinha a Nego do Borel e Duda Reis! Detesto isso!
Vaidade zero! Cuido da minha saúde, quero minha mente ativa e corpo funcionando bem! Passo longe dessas 'demonizações' faciais!
Claro! A gente passa a maior parte do tempo no trabalho, natural que essas coisas aconteçam justamente no nosso ambiente. Sim, já vivi duas belas histórias de amor, mas nada a ver dizer os nomes! Vou morrer discreta!
A pandemia acabou com meu namoro! Entrei 2021 livre e desimpedida!
Eu falo da vida dos outros no meu trabalho, é natural que queiram saber da minha! Tem algumas coisas que eu conto, mas outras guardo segredo até para mim! Adoro um mistério!
Já tive sim o tapete puxado e por uma amiga minha que se tornou diretora da revista em que trabalhávamos. Me demitiu por telefone! Quanto a me sentir injustiçada, já briguei muito por salário! Não aguento essa história de homem ganhar mais que mulher exercendo a mesma função. Se precisar, eu brigo de novo!
Alguém em busca dessa resposta. Autoconhecimento é tudo!