Se é pra ter um programa, que ele comece já com entretenimento na hora da contratação. A RedeTV! vinha me sondando há um tempo. Eu só agilizei o processo fazendo essa 'cara de pauzice', pois não via a hora de formatar minhas ideias.
Em todos produtos que participei eu sempre tive autonomia nos meus quadros, mas eram programas gigantescos, com várias outras ideias, pessoas, enfoques. Dessa vez é um programa só com meus quadros e ideias. Óbvio que tenho uma equipe incrível por trás disso. Tanto a galera da RedeTV!, como a Dromedário - minha produtora, e a FARRA - que cuida da produção geral.
A concepção e os quadros do programa são meus. Mas nada sairia do papel sem o pessoal da Farra, que contribuiu 100% em roteiro e formatação, e da Dromedário. Não tem uma liderança vertical. Todos nós temos bastante abertura para fazer um bom produto. Eu montei a equipe para eu não precisar tomar conta de tudo.
Acho que a censura de hoje mudou o nome para cancelamento. E isso sim, já me ocorreu muitas vezes. Cancelamento é a forma mais impositiva e mimada de tentar forçar o mundo do seu jeito. Eu não corroborro com isso. Quanto aos entrevistados, acho normal as pessoas desconfiarem de um produto. Quando ele aparecer no ar, as pessoas saberão do que se trata e aí vão ficar mais abertas a aceitar.
Eu acho que deu certo, porque eu entrei só pra fazer um programa da Copa, no Sportv. Daí o Boninho me chamou para fazer o Vídeo Show e eu fui. Entrei pra ficar dois meses e fiquei quase um ano. Não rolou mais nada porque o próprio programa acabou. Essa ninguém esperava mesmo.
Acho que nem tenho tapete pra ser puxado.
Se eu estou bem. Toda entrevista é só sobre algo que gera barulho. Tanto as que eu respondo quanto as que eu faço. Podíamos começar a partir de hoje sempre com a pergunta: você está bem? Porque está osso pra geral (risos).
Tinha. E ele aconteceu. Meu plano A era ser publicitário, ficar careca com 35 anos, enfartar com 36 e com 37 comprar um apartamento. Meu plano B era largar isso tudo e ser feliz fazendo o que eu gosto.
O Brasil não estava preparado para nosso sucesso. Mas em breve voltaremos mais fortes e sem o Murilo.
Acho que amigos não se perdem por piada, senão jamais seriam amigos. Mas já perdi gente que poderia ser amigo por conta de piada, sim. Geralmente quando é piada com o político que ele acha errado criticar.
Adoro. Dou risada exatamente por saber que a vida de uma pessoa é a pauta de grande parte da mídia. Quando ela é a piada, sei que ela se beneficia, o veículo se beneficia, o público se beneficia e eu me beneficio. Não faria esse tipo de brincadeira com algo como a economia, por exemplo. Mas a vida da celebridade deveria ser levada menos a sério.
Atualmente, intolerância. Seja de esquerda, de direita, religiosa, carnívora. Quando a pessoa acredita que a verdade dela é absoluta e isso dá o direito de ela fazer o que quiser com quem pensa diferente, isso me deixa indignado. O radicalismo que o Brasil se tornou me tira do sério.
Da mesma forma de sempre. Fazer humor para o público que gosta de não ser levado a sério e não se preocupar com quem não gosta das suas piadas.
Mistério aonde? Estou há 18 anos com a Emily, minha esposa, mãe do Gabriel, dona da empresa, dona até da roupa que eu uso. Tem um especial da Netflix para 190 países que eu coloco ela no palco pra me zoar. Mais exposição que isso?
O programa está muito legal. Eu gosto muito do formato. Principalmente porque eu nunca imaginaria que a Luiza Ambiel e o pai da Anitta estariam juntos graças a mim. Não entendeu? assista nesta segunda (12), às 22h30.
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