Julia PeixotoDivulgação

Julia Peixoto usou o Instagram para orientar suas seguidoras a não aceitar o machismo e conversar sobre o respeito às mulheres no mercado de trabalho. Em seu discurso, a influencer cita o preconceito dos homens e da sociedade em geral com mulheres que se sentem livres para fazerem o que quiserem em suas vidas pessoais, mas são duramente criticadas por isso no meio profissional.
"Eu vejo muitas pessoas criticando mulheres por dançar até o chão ou usar roupas curtas. As pessoas têm esse tipo de preconceito só porque as mulheres dançam e vão até o chão, achando que não somos capazes ou independentes. Mas aí tem o exemplo da Anitta, que é uma mulher livre, independente, mas na hora que tem que sentar em uma mesa de reunião pra falar de assuntos sérios, ela senta”, diz Julia, que relembra a desigualdade de gênero criada pelo patriarcado.
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“Nós fomos ensinadas que, pra ser respeitadas, temos que usar uma saia abaixo do joelho, um terninho pra ir a uma reunião, que é 'coisa de homem'. O machismo é presente na nossa sociedade, infelizmente. E nós, mulheres, temos que nos unir contra esses homens machistas que acham que a gente não pode dançar funk, porque a gente não merece ser respeitada se fizer. Eu falo por mim mesma, no fim de semana estou dançando funk, bebendo cerveja, fazendo o que eu quero, porque eu sou uma pessoa livre. Mas quando é pra falar de trabalho, eu sei falar. Quando é pra sentar numa mesa de reunião cheia de pessoas pra ter ideias e ser uma pessoa produtiva, eu sento e falo”, afirma a influencer, que recentemente lançou sua primeira linha de maquiagem e faturou mais de um milhão de reais em apenas um mês.
Ela ainda cita a importância das mulheres apoiarem umas às outras: “Não é porque eu uso uma roupa curta, danço funk ou estou fazendo o que quero que eu não sei falar. Não é porque eu falo gírias que não vou saber me comportar na frente de alguém e falar formalmente, como estou falando aqui. É você buscar conhecimento, seus direitos, porque você pode, sim, ser uma mulher livre nesse mundo cheio de machismo. Os homens precisam respeitar as mulheres, porque hoje em dia, no mercado de trabalho, é muito difícil ver mulheres no topo, sendo chefes. Vamos abraçar umas às outras, pegar na mão uma das outras e mostrar para o mundo que, sim, podemos estar dançando funk, bebendo e podemos, sim, estar em uma mesa de trabalho falando sobre um assunto sério, assim como os homens também fazem”.
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E aconselha: “Sou mulher, sei o que passo e sei o que muitas mulheres também passam. Homem no trabalho assediando mulheres só porque é chefe e muitas outras coisas que a gente acaba tendo que aceitar calada. Mas não podemos aceitar menos do que merecemos. Aceite ser respeitada, independente do que você faz na sua vida pessoal, não tem nada a ver com sua vida profissional. As suas atitudes no seu trabalho é que dizem quem você é. Não siga uma regra, siga o que você achar que é melhor pra você. Claro que no trabalho temos regras a seguir, mas viva as suas regras na sua vida pessoal”, conclui a artista.