Marília MendonçaDivulgação
Meu novo ciclo é relacionado ao meu aniversário. Abro um novo ano cheio de boas energias e boas perspectivas. Renovação faz parte de todo o processo e desta vez comecei pelo cabelo. E pode ter certeza que muito mais coisas virão neste novo ciclo!
Na mulher, tudo! Minha prioridade desde que soube da chegada do Léo passou a ser ele, mas aprendi que não preciso me anular para ser uma boa mãe. Tenho num exemplo maravilhoso de mulher e mãe em casa e isso me conforta demais. Junto com o Léo chegou muita sensação de culpa por trabalhar, por ter de viagens, enfim... por muitas coisas. Mas tenho conseguido administrar bem isso, muito por influência da minha mãe, que me dá segurança para tocar meu trabalho, porque sei que ela estará sempre perto do meu filho, como esteve perto dos filhos dela!
Esta mudança tem nome: maturidade. Coisa que eu não tinha há alguns anos. Hoje sou uma Marília mãe, mulher e cantora. Isso me faz, sim, ser dona do meu nariz. Tenho pensado muito em empreendedorismo, até porque descobri ser uma empreendedora desde sempre, porque ao lado de pessoas competentes construí minha carreira e isso me faz empreendedora. Acho que a grande virada de chave tem a ver com todas essas descobertas.
Uma virada de página só é possível com mudanças. Elas não precisam ser radicais, mas pontuais e bem pensadas. Não quero jogar fora tudo que construí, só quero aprimorar. Isso inclui carreira e também reflete nas composições. Minha cabeça já não é mesma da menina de 15 anos que assinou a primeira música.
Aceitando uma rede de ajuda, a principal delas é a da minha mãe. Eu trabalhei demais essa sensação de culpa, acabei descobrindo que eu o Léo temos de estar felizes e ter nossos momentos e isso não será medido pela quantidade de tempo que estaremos juntos, e sim pela qualidade deste tempo. Eu sair para trabalhar não me fará uma mãe pior. Ao contrário! Me fará uma mãe mais forte e meu filho vai saber que eu sempre estarei ao lado dele, mesmo que distante fisicamente em virtude do trabalho.
(Gargalha). Uai, todas as qualidades e todos os defeitos de uma leonina!
Cada uma das músicas ou composições tem histórias ou sentimentos que eu acredito. Isso é o ponto passivo para a escolha do meu repertório. Sempre gostei de cantar a verdade... Se não a minha... a de alguém… (risos).
Eu não me permito viver uma relação abusiva! Acontece que em muitas situações as pessoas não enxergam certas coisas como abusivas. Eu tenho um exemplo muito claro e não permissivo em casa: minha mãe nunca admitiu que um homem levantasse a voz para ela. Cresci vendo esta mulher controlar a própria vida, e por isso ela sempre será meu guia de conduta.
Conversamos somos sobre a dores e as delícias, mas em casa nós sempre apoiamos uns aos outros. Ele sabe que o caminho não é fácil, porque sempre me acompanhou. Embora muitos achem que só porque o meu primeiro trabalho foi bem aceito que eu não ralei. Muito pelo contrário. Foram anos e anos compondo e compondo. Brinco com as meninas (Maiara e Maraisa) que éramos abelhas operárias e conseguimos nos transformar em abelhas rainhas, donas da nossa colmeia.
Não diria fama, mas vou querer me surpreender sempre com a repercussão das minhas músicas, porque seguramente mandei uma mensagem e as pessoas entenderam. Não curto esse lance de fama... Gosto de lidar como fruto do meu trabalho e só a palavra 'fama' pode te dar uma sensação muito diferente da vida real, eu não quero isso para mim. Quero sim, estar sempre em sintonia com as pessoas, aprender, ensinar e fazer trocas saudáveis.
Como sempre esteve!
A mesma dos palcos: cumplicidade. Temos tantas histórias juntas, passamos perrengues, alegrias, descobrimos nossa força juntas. Isso não é algo que aconteça do dia para a noite. Temos uma relação de verdade. Sabemos conviver com nossas qualidades e com nossos defeitos.
O que me incomodou foram os resultados dos meus exames todos alterados. Foi aí que decidi fazer várias mudanças na minha vida, como parar de fumar. Eu comecei este processo e me senti muito bem. Acredita que consigo sentir falta de atividade física agora? Eu sempre me aceitei, com mais ou menos peso, tá aí a diferença: muitas pessoas buscam espelho e eu busco estar bem. Tenho hábitos saudáveis que me permitem enfiar o pé na jaca quando quero e pronto!
Sim, como sempre estive. Acho que o único período que tive a autoestima abalada foi durante a gravidez... Meu nariz ficou gigante… (risos).
Dentro do avião, com os parceiros de composição. Acho que é um assunto bem sensível e que pouca gente enxerga o lado humano que existe e muitas vezes deve ser um fardo muito pesado. Acho bem válido as pessoas enxergarem além do que os olhos veem.
Como profetizou um amigo lá atrás… Depois do primeiro chifre! Quando se toma um chifre a pessoa fica buscando uma música para sofrer… Sinistro, né?
Gosto de tantos estilos… Não é porque canto sertanejo que não ouço outras coisas. E olha que é tipo de A a Z mesmo! Eu sempre soube que seria cantora, mas curto demais o brega… (risos).
Tem de tudo! Eu sempre busco novas referências. Se eu me fechar e somente ouvir sertanejo, provavelmente cairia na mesmice.
Massa! Tenho ficado muito com o Léo, me cuido, produzo e até cozinho, mas sinto muita falta da galera, da estrada, do público e do palco.
Acho que as pessoas querem mesmo é se encontrar, aglomerar, sorrir, cantar, tomar umas... e bem longe de lives (risos).
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