Seleção de futebol de 5Rede do Esporte/Divulgação

Mesmo em meio a uma pandemia e a altos índices de caso de Covid-19 em Tóquio, a Globo deslocou jornalistas do Brasil e da Europa para cobrir os jogos olímpicos. Mas a emissora que tanto fala em inclusão em seus programas e matérias, parece não seguir seus próprios conselhos. Isso fica muito claro na cobertura que a Globo faz dos Jogos Paralímpicos que estão terminando.
Você viu alguma competição ou jogo ser transmitido integralmente durante a programação ou ocupar as madrugadas do canal? Dos Jogos Olímpicos sim, dos Paralímpicos, não. O números de profissionais deslocados para a ilha japonesa não chegou nem a 10% do número deslocado para a Olimpíada de Tóquio 2021.
A emissora não pode ser dar nem ao trabalho de falar que não há público ou anunciantes, porque não foi se dado ao trabalho de buscar tais públicos.
Apesar de todas as dificuldades físicas e financeiras, os atletas paralímpicos terminarão em sétimo lugar no ranking de medalhas com um total de 72 medalhas, sendo 22 só de ouro, enquanto os atletas do Jogos Olímpicos ficaram em 12º, com um total de 21 medalhas.
Ser esportista no Brasil não é algo fácil e não estamos aqui para desmerecer nossos maravilhosos atletas olímpicos, mas sim para mostrar a hipocrisia de pessoas que querem falar em inclusão só para 'fazer bonito', mas sem nenhum tipo de comprometimento real.
Reduzir os Jogos Paralímpicos a flashes nos telejornais e matérias que não chegam a durar dois minutos, não torna uma emissora inclusiva. Nossos atletas paralímpicos estão todos os dias superando adversidades e com certeza também superarão essa falta de respeito por parte da maior emissora do país.