Bruno de LucaReprodução
Então... (risos). Até dois anos atrás eu achava que ficaria solteiro para o resto da vida, ou então durante um bom tempo. Lógico que eu tive muitos relacionamentos ao longo desses anos todos desde a minha última namorada, mas nenhum que eu quisesse casar mesmo ou ficar junto em casa. Nenhum relacionamento me deixava animado para dividir as minhas coisas. Eu não gostava de conviver, era só aquele momento e eu não tinha relação de dia a dia, de gostar de ficar junto, de sentir falta. Quando eu comecei a sentir falta e sentir sentimentos que eu nunca tinha sentido antes, eu falei: 'encontrei' e é ela mesmo que eu quero me casar. Ela me completa, é a minha parceira e minha amiga. Foram vários sentimentos novos ou que eu não sentia há muito tempo.
Na verdade ainda não tem nenhum detalhe, porque ficamos noivos durante a pandemia. Nós começamos a namorar em janeiro de 2020 e ficamos noivos em 1º de janeiro de 2021. Não planejamos ainda nada porque estamos esperando o que vai acontecer mesmo. Nós não estamos com tanta pressa assim. Eu só queria garantir ela pra mim e mostrar para a família dela que eu queria uma coisa séria, que não era uma viagem ou uma coisa de momento. Imagino que existem muitas pessoas, inclusive os pais dela, que eu sou uma pessoa que gosto muito de viajar, festas e que nunca tinha levado um relacionamento à sério. Eu fiquei noivo também por isso: para garantir a noiva e provar a família que é tudo sério.
Independente da data ou não do casamento, nós queremos muito ter filhos. Nós amamos crianças, eu tenho quatro sobrinhos, dois do meu irmão e dois da minha irmã, convivo com a Sophie, que é filha da Rosane, uma pessoa que trabalha na minha casa há mais de 10 anos. Eu a trato como se fosse minha filha. Tenho muito amor por Sophie e fico muito animado em ter um filho. Na verdade, eu gosto demais de criança.
Nós nos conhecemos em um quiosque que fica na frente da minha casa, na Barra da Tijuca. Ela trabalhava no 'Domingão do Faustão', era repórter e eles foram gravar 'Os Melhores do Ano' no Hotel Windsor Barra, que fica na minha rua. E eu vou neste quiosque com frequência. Estava lá, tomando chopp com os amigos e também sócios, quando a Sthéfany chegou com várias pessoas da produção que eu já conhecia, porque trabalhei algumas vezes no Faustão. Todo mundo se misturando e eu fiquei com pena do meu cachorro, o Bart, que estava muito tempo sozinho. Vim em casa, peguei ele e fiquei dançando, conversando e de repente senti falta do Bart. A Sthéfany estava cuidando dele e eu falei que 'menina doce, preocupada com ele e eu aqui dançando. Fui lá conversar e aí aquele papo. Cachorrinho tem telefone, tem endereço...
Muito obrigado pelo grande apresentador. Olha, nesses quase 30 anos de carreira, já que comecei com 10 anos e vou fazer 40 anos, eu trabalhei em tudo quando foi projeto audiovisual. Até filme de terror eu fiz. Trabalhei com Luciano Huck, Fausto Silva... Nem sabia o que era delay... Trabalhei no Mutishow, produzi e criei projetos. Diante de tudo isso e como eu me sinto atualmente, eu posso falar que eu tenho segurança e certeza que eu posso apresentar qualquer tipo de programa. Sim, eu tenho a certeza que apresentaria o 'Big Brother Brasil' e outro reality. Claro que eu tenho preferencia de acordo com os meus gostos pessoais, mas sendo funcionário de uma emissora, eu visto a camisa e apresento o que for.
Eu tenho uma relação de amor com 'A Eliminação' porque eu voltei a apresentar. Eu apresentei a primeira versão e a pessoa que iria apresentar teve um problema e aí o diretor me ligou. Ele disse que seria eu e começaria 'amanhã' (risos). Comecei fazendo nos estúdios, depois comecei fazendo da minha casa e aí eu sai porque não dava para conciliar com 'Vai pra Onde?'. Também quando o Pedro Bial saiu, me deu a sensação que não era o 'BBB'. Mas, o Tiago Leifert me surpreendeu trazendo uma outra cara e eu comecei adorar. Quando o Cris me chamou para voltar, em 2020, ao vivo, eu amei porque eu adoro fazer ao vivo. Trabalhei com a Titi Muller e a Vivian. Eu amo esse programa e acho que o programa matriz, o 'BBB', cada vez mais traz o reflexo da sociedade e tem trazido temas para a gente debater. As redes sociais estão mais fortes do que nunca e quem não dava importância para as redes sociais antes, hoje dá. Deixou de ser uma coisa só de jovem e até virou um canal de pronunciamento oficial de presidente, de empresa e personalidade e, com isso, o 'BBB' tomou uma proporção de mexer com o Brasil inteiro. Eu estou muito ansioso para a próxima temporada e eu adoro acompanhar essa pré-produção e acompanho pela imprensa, tá? Não acompanho nada de perto porque o programa é muito sério, tudo é muito sigiloso e muitas vezes, eu fico sabendo as coisas cinco minutos antes. Nunca sei quem é o eliminado, nunca sei o que eu vou perguntar e eu gosto dessa emoção.
Eu não só pensei como criei um reality. Eu vivo criando projetos. A minha vida é criar projetos, muitos não acontecem, alguns acontecem depois de anos e eu até tenho no computador uma pasta com todos os projetos. Vou criando, recriando, apresentado, reapresentando e repaginando. Criei um reality que estou apaixonado e tenho a certeza que vai ser um sucesso. Estou em fase de apresentação para emissoras e plays. Estou correndo atrás.
O 'Vai Pra Onde' tem 14 anos e é o meu xodó. Meu primeiro programa, meu primeiro projeto para chamar de meu e foi muito difícil conseguir emplacar, gravar e editar. Um trabalho maravilhoso, que eu tenho muito orgulho, e tudo que é mais difícil é mais gostoso. Pretendo nunca deixar de viajar, amo essa conexão com público e acho que as pessoas gostam de me ver viajando, de me ver comunicando. Pretendo nunca deixar de fazer e agora estamos com o 'Vai Pra Onde, Mozão?', que eu pretendo fazer viajando com a Sthéfany e estamos escolhendo os destinos da próxima temporada.
Desde que eu tinha cinco anos de idade - era a idade que eu ia aos cinemas para ver a Xuxa ou 'Os Trapalhões', desde que eu conheci e vi o que era ser ator, virou o meu sonho. Eu era muito artista. Eu não tinha nenhuma habilidade para qualquer esporte e o que me interessa era assistir a TV. O meu aniversário de quatro anos, o tema era Bruno na TV (risos). Aos cincos anos foi música, porque eu queria também ser cantor ou guitarrista. E aos seis anos foi o circo. Estou falando isso porque eu tenho visto muitas fotos, estou revendo toda a minha trajetória, já que ano que vem eu vou fazer uma peça contando todas as histórias, todas as coisas engraçadas e o que fiz para conseguir entrar nas novelas.
Eu sou um cara que gosto muito de me relacionar com os outros. Eu gosto de saber como as pessoas estão se sentindo, gosto de ajudar. Isso não é demagogia, não. Poucas pessoas sabem, mas eu sofri muito bullying na infância. No colégio, as pessoas me zoavam muito porque eu era gordinho e queria ser artista. Muitas pessoas dizem que ser artista era coisa de gay e eu nem sabia o que era aquilo. Eu era muito pequeno. Não tinha noção do que era gordo ou magro e eu fui engordando e as pessoas diziam que iam comprar sutiã. Era horrível e eu sofri muito quando mais novo, porque me sentia o tempo todo diminuído e não me sentia pertencendo a nenhum ambiente. Como eu não tinha habilidade para nenhum esporte, eu ficava muito deslocado durante o recreio. Foi muito sofredor e isso me fez não aceitar que ninguém seja sacaneado ou se sinta inferior. Eu compro briga. As pessoas diziam que eu queria ser o defensor dos fracos e oprimidos e não era isso. Eu sofri muito e, por isso, eu tenho muita empatia. É uma grande característica minha.
Eu estou há cinco minutos pensando nessa resposta. Acho que o meu grande defeito é ser desorganizado e atolado, mas eu estou melhorando (risos). Eu tenho isso. Eu perco muitas coisas e talvez porque eu faça muitas coisas ao mesmo tempo. A minha qualidade... Bem, rola uma piada entre os humoristas que é: Bruno De Luca é amigo dos famosos. E acho que essa é a minha qualidade, ser amigo. Sou um bom amigo, aquele que escuta, que gosta de ajudar, de estar junto. Cultivo as minhas amizades e não deixo nenhuma frescura acabar com uma relação. Sou feliz e levo uma vida simples.
Eu evito não perdoar porque eu acho que todo mundo erra e eu já errei muito na minha vida. Tudo que eu vivo na pele, eu acabo transformando em outra coisa dentro de mim. O Bullyng, transformei em proteção. Eu acho que temos que ampliar o nosso campo de perdão. Mas eu acho traição uma coisa pesada com amigos ou do casal. Não, a traição física, é traição no sentido mais ampliar. Se me trair, me enganar e me fizer de otário, é muito difícil.
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