Por O Dia
Já repararam como na correria do dia a dia nos falta a paciência? E, por vezes, somos desagradáveis com as pessoas que não têm os mesmos interesses nossos. Porém, é importante suportar pacientemente as pessoas inoportunas, pois nós também muitas vezes somos inoportunos para os outros.
Todos somos capazes de identificar uma presença que pode incomodar: acontece quando encontramos alguém pela rua, ou quando recebemos um telefonema inconveniente. Imediatamente pensamos: por quanto tempo tenho que ouvir as lamentações, as solicitações ou as ostentações desta pessoa?
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Olhemos sobretudo para Jesus: quanta paciência teve nos três anos da sua vida pública! Certa vez, enquanto caminhava com os discípulos, foi interpelado pela mãe de Tiago e João, que lhe disse: “Ordena que estes meus dois filhos se sentem no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda”. A mãe fazia lobby pelos seus filhos, mas era mãe... Jesus então se mostra paciente, aproveita também a situação para oferecer um ensinamento fundamental: o seu não é um reino de poder, e não é um reino de glória como os terrenos, mas de serviço e doação.
Com frequência, acontece que nos encontramos com pessoas que dão importância a aspetos superficiais, efêmeros e banais; muitas vezes porque não encontraram alguém que as estimulasse a procurar outra coisa. Por isso, devemos ter paciência e oferecer bons conselhos. Ensinar a olhar para o essencial é uma ajuda determinante.
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A exigência de aconselhar, advertir e ensinar não nos deve fazer sentir superiores, mas nos obriga, antes de tudo, a olhar para nós e verificar se somos coerentes tanto quanto exigimos dos outros.