Por Padre Omar
Os primeiros dois dias do mês de novembro constituem para nós um intenso momento de fé, de oração e de reflexão sobre o sentido da vida. Com efeito, comemorando hoje a Solenidade de Todos os Santos e celebrando amanhã o Dia de Finados, a Igreja peregrina sobre a terra vive e exprime na Liturgia o vínculo espiritual que a une à Igreja celeste.
A solenidade de Todos os Santos e Santas de Deus é a nossa festa: não porque somos bons, mas porque a santidade de Deus tocou a nossa vida. No Evangelho de hoje Jesus se dirige aos seus dizendo “Bem-aventurados”. Quem está com Jesus é bem-aventurado.
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A felicidade não consiste em possuir algo, nem em tornar-se alguém, a felicidade autêntica consiste em estar com o Senhor e viver por amor. Então, os ingredientes para a vida feliz são as bem-aventuranças: são bem-aventurados os simples, os humildes que deixam espaço a Deus, que sabem chorar pelo próximo e pelos próprios erros, permanecem mansos, lutam pela justiça, são misericordiosos para com todos preservam a pureza do coração, trabalham sempre pela paz e vivem na alegria, não odeiam e até quando sofrem respondem ao mal com o bem.
As bem-aventuranças não exigem gestos sensacionais, não são para super-homens, mas para quem vive as provações e as dificuldades de todos os dias. Assim são os santos: respiram como todos o ar poluído do mal que há no mundo, mas ao longo do caminho nunca perdem de vista o caminho de Jesus, indicado nas bem-aventuranças, que são como o mapa da vida cristã.
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Hoje é a festa daqueles que alcançaram a meta indicada por este mapa: não só os santos dos altares, mas muitas pessoas “da porta ao lado”, que talvez encontramos e conhecemos. Pessoas simples e escondidas que ajudam Deus a fazer progredir o mundo.