Por Padre Omar
Hoje a Igreja celebra o Dia Mundial dos Pobres, data instituída pelo Papa Francisco para lembrar que os pobres são uma realidade constante e desafiadora para todos nós como cidadãos e, ainda mais, como pessoas de fé. A Igreja não tem soluções instantâneas a propor, mas oferece o seu testemunho e importantes gestos de partilha.
O Papa Francisco publicou uma bela mensagem de orientação para este dia com o título “Estende a tua mão ao pobre” (Sir 7, 32). Nela, ele recorda mais uma vez que o culto prestado a Deus não pode ser desvinculado do amor concreto ao próximo.
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O Papa explica que estender a mão leva a descobrir, antes de tudo a quem o faz, que dentro de nós existe a capacidade de realizar gestos que dão sentido à vida. É um sinal que remete imediatamente à proximidade, à solidariedade, ao amor.
Quantas mãos estendidas vemos todos os dias! Neste ano, em que o mundo inteiro foi dominado por um vírus que trouxe dor e morte, desconforto e perplexidade, pudemos ver muitas mãos estendidas. Mãos que desafiaram o contágio e o medo, a fim de dar apoio e consolação.
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Esta pandemia chegou de improviso e nos pegou despreparados, deixando uma grande sensação de impotência. Mas, a mão estendida ao pobre não pode ser reduzida aos momentos de crise. Requer treino diário, que parte da consciência do quanto nós precisamos de uma mão estendida em nosso favor.
Durante a pandemia, no silêncio das nossas casas, descobrimos como é importante a simplicidade e manter os olhos fixos no essencial. Amadureceu em nós a exigência de uma nova fraternidade, capaz de ajuda recíproca. Este é um tempo favorável para perceber que precisamos uns dos outros. É tempo de manter as mãos estendidas.