O segundo domingo da Páscoa é também o domingo da Misericórdia. É tempo de pedir a Jesus Misericordioso por toda a humanidade, especialmente pelos que mais sofrem neste momento difícil de pandemia.
Deus é misericórdia, e apesar de todos os nossos medos, angústias e até falta de fé, Ele nos trata a partir daquilo que Ele é: amor. Somos pecadores e infiéis, mas amados pelo Senhor que tem misericórdia de nós.
Um pouco de misericórdia torna o mundo menos frio e mais justo. Ela aquece o coração e o torna sensível às necessidades dos irmãos com a partilha e a participação. Em síntese, a misericórdia compromete todos a serem instrumentos de justiça, de reconciliação e de paz.
Ultimamente, muito temos reclamado do isolamento social, da instabilidade causada por essa pandemia, da dor em ver as vítimas da doença. Mas é tempo de dilatar o coração para o outro. É preciso saber olhar ao nosso redor e reconhecer essas chamadas que Deus nos dirige através dos que nos cercam.
Não podemos viver de costas para a multidão, apenas no nosso pequeno mundo. Não foi assim que Jesus viveu. Os Evangelhos nos falam muitas vezes da sua misericórdia, da sua capacidade de participar da dor e das necessidades dos outros.
Temos muito o que fazer, seja através da caridade, do acolhimento, da escuta. Não nos esqueçamos que a misericórdia é o ápice na vida de fé e a forma concreta com a qual damos visibilidade à ressurreição de Jesus.
Que o Cristo Ressuscitado anime a esperança e o espírito fraterno em nós.
