Arte coluna Padre 22 agostoArte Paulo Márcio

Rezar não é algo fácil e por isso, muitas vezes, fugimos da oração. Cada vez que a queremos fazer, de repente nos lembramos de outra atividade que naquele momento parece mais importante e urgente. Quase sempre, depois de termos adiado a oração, percebemos que aquelas coisas não eram essenciais, e que talvez tenhamos desperdiçado tempo.
A oração cristã, como toda a vida cristã, não é um simples passeio. Nenhum dos grandes orantes que encontramos na Bíblia e na história da Igreja tiveram uma oração confortável. A oração certamente concede uma grande paz, mas através de uma luta interior, por vezes dura, que pode acompanhar até longos períodos da vida.
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Todos os homens e mulheres de Deus relatam não só a alegria da oração, mas também o desconforto e o cansaço que ela pode provocar. Alguns santos rezaram intensamente durante anos sem experimentar qualquer gosto por ela. O silêncio, a oração e a concentração são exercícios difíceis, e por vezes a natureza humana se rebela. Preferiríamos estar em qualquer outra parte do mundo, mas não ali, naquele banco de igreja a rezar. Porém, nos tempos de provação é bom saber que não estamos sozinhos, que alguém olha para nós e nos protege.
A oração faz milagres, porque a oração vai direto ao centro da ternura de Deus que nos ama como um pai. E quando Ele não nos concede uma graça pedida, nos dá outra que veremos a seu tempo. A oração é uma batalha em que devemos resistir e perseverar,
pois o Senhor está sempre conosco.