O município de Maricá chegou, esta semana, à marca de 50% da população atendida com pelo menos uma dose da vacina contra a covid. Este número chega a ser superior se for considerada só a população "vacinável", excluindo menores de idade. O ritmo de vacinação, no entanto, tem sido lento por causa da quantidade de imunizantes. O município foi um dos prejudicados com o cancelamento da importação da Sputnik V pelo Consórcio Nordeste após a Anvisa dificultar a compra de 37 milhões de doses da vacina russa. Dentro destas, Maricá receberia 500 mil. O diretor-presidente do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM), Celso Pansera, lamentou. “Infelizmente, no Brasil dos negacionistas, sobra vírus e falta vacina. Se a Anvisa tivesse autorizado a importação ainda em abril, todos os cidadãos de Maricá já estariam imunizados e teria vacina para ajudar as cidades vizinhas. Agora, as vacinas que viriam para o Brasil servirão para salvar vidas em outros países e nós continuamos nas mãos de um programa de imunizações que não dá conta do recado e mantém o povo refém do medo da pandemia”, disse. Outro município fluminense beneficiado seria Niterói, com 800 mil doses.
A DIFICULDADE DO CONSÓRCIO
A decisão sobre o cancelamento da compra da Sputnik V foi comunicada na última semana após reunião entre o Consórcio Nordeste e o Fundo Soberano Russo. O governador do Piauí, Wellington Dias, presidente do Consórcio explicou os motivos para a importação não ter acontecido: a Anvisa não emitiu licença excepcional para a compra da Sputnik V e exigiu critérios rígidos para o uso no Brasil, diferentemente do que fez com outros imunizantes. Além disso, o Ministério da Saúde havia declarado que não tinha intenção de incluir a vacina russa no Plano Nacional de Imunização. Dias criticou o desfecho. "É lamentável, o Brasil vive uma situação com alta mortalidade, mais de mil óbitos por dia. Temos vacinas disponíveis, mas impedidas de entrar no Brasil devido uma decisão da Anvisa que faz uma alteração no padrão de teste junto com a não inclusão do Ministério da Saúde no plano nacional de vacinação e a falta da licença de importação, tivemos a suspensão da entrega da vacina até que se tenha uma autorização do uso do imunizante no Brasil", disse.
Atrás de conhecimento mineiro
Deputado Paulo Ganime - Pablo Valadares/ Câmara dos Deputados
Deputado Paulo GanimePablo Valadares/ Câmara dos Deputados
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